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Enviada em: 23/07/2019

Segundo o pensador Johann Goethe, nada é mais assustador do que a ignorância humana. Nesse sentido, encaixa-se o contexto sobre a presença do sensacionalismo no jornalismo brasileiro, devido a manipulação do conhecimento diante da falta de senso crítico e a imparcialidade estatal na qual sobrepõe a valorização do capitalismo nas relações sociais. Desse modo, medidas sociopolíticas devem ser debatidas e compreendidas, uma vez que o meio informativo deve ser objetivo e apartidário.         Nessa circunstância, a educação de senso crítico é o fator principal no desenvolvimento de um país. Hoje, ao ocupar uma posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto, e esse contraste de desenvoltura é aproveitado pela imprensa com o sensacionalismo. Sob esse âmbito, segundo o site UOL, essa realidade é justificável, já que o Brasil é segundo país que mais confia nas informações midiáticas. Dessa forma, uma analogia com a educação libertadora proposta por Paulo Freire torna-se possível, uma vez que defendia um ensino capaz de estimular a reflexão e em seguida libertar o indivíduo da situação a qual encontra-se sujeitado, o senso comum.         Outrossim, ainda que a Constituição Cidadã assegure direitos imprescindíveis, faz-se primordial a fiscalização por parte das camadas sociais para um cumprimento efetivo de sua real função. Uma justificativa para esse policiamento é a cautela para que o jornalismo não repita a mesma falha ética da Ditadura Militar ao controlar a informação para propagar o sistema capitalista e suas ideologias. Nesse sentido, consoante a visão do filósofo John Locke, não é dever do Estado proteger o cidadão do mal causado a si mesmo, e sim defendê-lo do que possam fazer contra ele, visto que negar o dever do amparo civil é, de fato, direcionar o gerenciamento à negligência. Dessa maneira, urge a necessidade de maior monitoramento informativo para que o aparato estatal não seja um propulsor do descaso.       Convém, portanto, medidas para reverter tal situação. Desse modo, é preciso da atuação mútua entre Estado, educação e população. A esfera maior, por meio da sua autonomia, deverá combater o sensacionalismo ao criar um histórico profissional que mostre ao receptor a credibilidade dos repórteres em cada emissora. É imprescindível também, que a escola promova a formação de cidadãos críticos, por intermédio do incentivo à leitura, debates e trabalhos em grupo, que envolvam a família, a respeito desse tema, visando ampliar a cortesia entre a comunidade escolar e o conhecimento. E a sociedade, por fim, necessita tomar conhecimento dessa problemática mediate as pesquisas autônomas para tornar-se o órgão regulador do meio. Assim, o pensamento de Johann Goethe fará sentido àqueles que buscam libertar-se das notícias que escandalizam o meio.