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Enviada em: 26/07/2019

A imprensa sempre foi um setor social imprescindível a qualquer democracia, que (a imprensa), de tão importante, foi tida como um dos pilares do Império Romano antigo, já que a capital priorizava uma infraestrutura que fosse capaz de prover informação para os diversos cantos do Império da maneira mais rápida possível, sendo uma espécie de imprensa incipiente. Porém, desde os primórdios até hoje o caráter imparcial e nobre da notícia é deixado de lado para priorizar "informações" que, em sua maioria, são adulteradas para impactar o mais fortemente possível os visualizadores, algo que ocorre demasiadamente no Brasil. Dessa maneira, é necessário analisar os motivos que induzem esse comportamento.    Em primeiro lugar, é notória a desconfiança dos brasileiros que tal atuação sensacionalista desencadeou: segundo dados da Confederação Nacional do Transporte, em 2018 apenas 5% deles confiavam na imprensa. A essa aversão à mídia atribui-se principalmente o forte sensacionalismo jornalístico presente no Brasil, porque, com a crescente polarização da sociedade, a mídia, em vez de observar os princípios éticos que regem a profissão jornalística, optou por também tomar partido nas mais variadas discussões, algo que, fatalmente, acabará desagradando indivíduos que são de opiniões contrárias àquelas adotadas pela imprensa.    O furor provocado pela parcialidade da mídia chegou a tal ponto que alguns políticos passaram a propor medidas de controle midiático, algo que, a despeito da aversão que a falta de imparcialidade dos jornalistas provoca, acaba por aproximar o Brasil de regimes totalitários. A mera cogitação por parlamentares dessa medida é suficiente para indicar que a imprensa brasileira já deixou, há muito tempo, de ser um setor cuja integridade é importante à sociedade; em vez disso, ela vem se tornando inimiga da população. Muita dessa ojeriza é fomentada pelo sensacionalismo atrelado à parcialidade.    Destarte, é necessário restabelecer nos "soldados" da imprensa, os jornalistas, princípios básicos atinentes à profissão jornalística que há muito foram perdidos, fato que ocasiona o sensacionalismo e a parcialidade vistos atualmente. Para combatê-los, caberá ao Ministério da Educação emitir portaria que exija cursos de ética jornalística como requisito para que os jornalistas se graduem. Além disso, os impactos dessa medida serão controlados por meio de uma prova anual obrigatória a todos os graduandos nessa área, a qual terá pontuação mínima para aprovação e analisará, por meio de situações-problema que tentem induzir os alunos a se posicionar de forma não-ética, o perfil dos alunos de jornalismo de cada universidade, servindo de subsídio, se necessária, à reformulação dos ditos cursos.