Enviada em: 03/08/2019

Durante a Guerra Fria, na qual Estados Unidos e União Soviética disputavam o protagonismo no globo, uma propaganda massiva de cunho sensacionalista foi utilizada para denegrir o outro e afirmar-se superior.No Brasil, esse estilo está presente no jornalismo, o que preocupa o corpo social, pois a Imprensa tem uma importância basilar na democracia de informar o povo sobre a comunidade. Dessa forma, quando o sensacionalismo é utilizado, a credibilidade dos jornalistas decai e a desinformação invade o país.       A partir disso, é válido ressaltar a importância do jornalismo para a democracia e a sintaxe social. Segundo o conceito de Anomia Social de Émile Durkheim, a sociedade deve funcionar em harmonia, pois, caso uma célula se deteriore todo o corpo tende ao caos. Consoante a essa ideia, os jornalistas devem agir conforme a ética da profissão, visto que eles têm a função social de informar, expressar o panorama sócio-econômico-político vigente e orientar a opinião pública por meio da verdade, o que fortalece as bases democráticas e a interação dos cidadãos. Contudo, quando essas pessoas aumentam o efeito da notícia ou a distorcem, tornam-se uma célula deteriorada de Durkheim.       Como consequência, a Imprensa perde sua força e plataformas informativas de fontes duvidáveis ganham espaço. Isso porque, somado ao sensacionalismo alarmante, a chamada pós-verdade tornou-se característica do mundo contemporâneo, ou seja, o fato ser verídico é menos importante que ser contrário às ânsias do leitor. Assim, a Imprensa perde espaço pelo sensacionalismo e novas "fontes" o ganham, o que atrapalha a democracia e desinforma o povo.       Logo, percebe-se os malefícios do sensacionalismo presente na Imprensa brasileira. Cabe às Associações ligadas aos jornalistas cobrar uma postura mais ética de seus profissionais, por meio de análise antecipada das reportagens por um grupo especializado, com a finalidade de verificar a imparcialidade, a objetividade e a presença de distorções ou matérias sensacionalistas, para que os profissionais desonestos sejam punidos com o rigor necessário. Isso deve ser feito para a Imprensa manter sua credibilidade e combater fontes falsas e a pós-verdade.