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Enviada em: 04/08/2019

As eleições presidenciais de 2018 no Brasil evidenciaram que o jornalismo brasileiro vem perdendo sua credibilidade em virtude da propagação de notícias tendenciosas. Tal fato reflete-se no destaque da internet como meio preferencial na busca ativa por informações. Nesse contexto, é crucial analisar os impactos da parcialidade midiática e da propagação de notícias falsas no Brasil.        A ausência de imparcialidade é a principal responsável pela perda de confiabilidade no jornalismo brasileiro. Isso decorre, sobretudo, da tendência de emissoras de TV de apoiarem políticos, empresas e artistas que atuam como seus aliados e patrocinadores. Nesse cenário, inúmeros acontecimentos são divulgados de forma imprópria e desleal, o que pode gerar desinformação e revolta na população. De acordo com levantamento da Revista Época, em 2018 cerca de 43% dos brasileiros optaram por informar-se na internet.        Além disso, nota-se, também, que a persistência do sensacionalismo corrobora com a propagação de notícias falsas, conhecidas como "fake news". Percebe-se que essas são difundidas, majoritariamente, pela própria internet, por meio de sites e redes sociais, o que gera impactos muito maiores. A instantaneidade com que tais informações são divulgadas pode acarretar violência, linchamentos e crimes de ódio. Na visão do filósofo Mário Sérgio Cortella, tal fenômeno já é incontrolável na sociedade brasileira.        Torna-se evidente, portanto, que é fundamental combater o jornalismo sensacionalista no Brasil e seus respectivos impactos. Inicialmente, compete ao Ministério Público punir, mediante aplicação de multas, emissoras, sites e jornalistas que propagarem notícias tendenciosas e parciais, sem as devidas apurações. Outrossim, cabe ao Poder Legislativo aprovar projeto de lei que tipifica como crime o compartilhamento consciente e irresponsável de “fake news”. Destarte, será possível gozar de justiça e imparcialidade no âmbito midiático brasileiro.