Enviada em: 06/08/2019

O sensacionalismo jornalístico é a exploração exacerbada de determinada notícia com um foco exclusivo em ganhar audiência, em que muitas vezes são ignorados outros lados e cria-se um tom alarmista em torno daquela situação. Por isso, faz-se necessário medidas para combater diretamente esse tipo de conteúdo que é extremamente prejudicial para o jornalismo.   Em 2013 o caso Pesseghini, em que um menino de 13 anos matou a mãe, pai, tia e avó e após isso dirigiu-se tranquilamente à escola e ao retornar à sua casa cometeu o suicídio, tomou conta da mídia, várias matérias foram criadas em cima disso. Todavia, houve uma reportagem feita pela Rede Record em que o ex apresentador, Marcelo Rezende, afirmou que uma das motivações desse crime foi o jogo que o menino jogava. Durante mais de 15 minutos, o jornalista o expôs diante as câmeras com diversas propagandas negativas a respeito do jogo e como ele influenciou o menino a cometer esse crime. No entanto, é válido ressaltar que não existe absolutamente nenhuma relação provada entre videogames violentos e comportamentos agressivos, nenhuma causa-consequência é encontrada em relação a isso.    A matéria exposta pela Rede Record é o mais puro exemplo de sensacionalismo e como isso é prejudicial para o próprio jornalismo e para as pessoas em geral, mostra como pode-se manipular e influenciar as pessoas a sentirem medo e receio de usar, assistir ou jogar determinada coisa em função de uma matéria irresponsável que não apresenta nenhuma comprovação empírica sobre o que se está sendo falado, é simplesmente puro achismo.  Analisado o exposto, faz-se necessário tomar medidas de diversas esferas  para amenizar esse problema seríssimo. Deve-se, em primeiro lugar, investir em educação primária pelo Governo Municipal para a criação de um senso crítico nos alunos, isso pode ser feito por meio de palestras que mostrem o real impacto do sensacionalismo na TV e na Internet, com isso esses estudantes irão conseguir entender como saber a veracidade de uma determinada informação. Em segundo lugar, deve-se criar um Conselho Federal de Jornalismo(CFJ), em que este tenha a total liberdade de poder cassar o diploma de quem realizar esse tipo de ações, para assim contribuir com uma mídia mais limpa e informativa.