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Enviada em: 09/08/2019

Durante o Estado Novo, regime ditatorial varguista, foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que regulava os meios de comunicação para direcionar informações que favoreciam o regime e censurava os antagônicos. Hodiernamente, a iniciativa privada também adota uma postura similar ao DIP, devido à impunidade sobre as empresas de comunicação em veicular informações manipuladas ou falsas, aliada com a falta de senso crítico da população brasileira, cria-se um ambiente de alienação e isolamento dos indivíduos em uma grande bolha sócio-cultural.    Primordialmente, é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Notícias falsas- Fake News- são diariamente criadas com um viés sensacionalista e manipulador, um exemplo foi o repertório da notícia de que a vereadora morta Marielle Franco estava associada ao grupo criminoso "Comando Vermelho", após investigações se constatou incipientemente que a vereadora fazia parte da CPI contra esse grupo, refutando a notícia falsa. Por isso, uma política de punição é imprescindível para combater essa problemática.     Por conseguinte, as notícias falsas/manipuladas são constituídas de informações que atraem um público amplo, isso associado à falta de senso crítico traz consequências drásticas. O pedagogo brasileiro Paulo Freire dizia que se a educação não muda as pessoas, tampouco sem ela a sociedade muda. Concomitantemente, a sociedade macunaíma deve ser direcionada à uma educação que instigue a investigação dos fatos, para que as informações maliciosas não sejam espalhadas para o público em massa.    É evidente, portanto, que há entraves para solidificar políticas que visem à construção de um mundo melhor. Logo, o Ministério da Justiça com o STF devem sancionar leis que revertam o cenário de impunidade à empresas de comunicação, que constroem narrativas/notícias manipuladoras, por meio de reclusão temporária de divulgação de informações e multas, a fim de combater as Fake News no Brasil. Ademais, cabe ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) promover a formação de profissionais pedagogos que administrem, em sala de aula, atividades que instigam o senso crítico dos alunos, para que esses sejam adultos sensatos e não alienados. Somente assim, é possível estourar a bolha que retarda o Brasil de alcançar a prosperidade e evolução dos seus cidadãos.