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Enviada em: 13/08/2019

O sensacional é demais       A expressão sensacionalismo advém da união da palavra sensacional com o sufixo "ismo", característico de palavras que remetem à práticas ou ramos profissionais. Desta forma, a presença do sensacionalismo no jornalismo brasileiro demonstra que este exagero tornou-se comum na atividade jornalística. Apesar disso, a maior parte da população ainda confia nas informações veiculadas pelos grandes meios.       O Brasil é o segundo país onde os habitantes mais confiam nas notícias transmitidas pela mídia, alcançando 60% da população. Tais dados, provenientes da pesquisa feita pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, revelam que a maioria da população não percebe a presença desta prática. Esta falta de criticidade é preocupante, uma vez que a mídia é uma importante ferramenta de alienação, como ocorria na Alemanha Nazista e no Brasil, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas.       O emprego do sensacionalismo vincula-se, sobretudo, aos interesses das corporações que detém os veículos midiáticos. No Brasil, as grandes empresas de televisão, jornalismo e revista são dominadas por grupos restritos de famílias, o que compromete a imparcialidade das informações. A concentração dos principais meios de informação é prejudicial, também, à democracia, já que a veracidade é questionável e não se tem acesso às diversas perspectivas dos fatos.       A pluralidade de visões é essencial para uma sociedade democrática, portanto cabe ao Estado promover o desenvolvimento da comunicação alternativa, tais quais as rádios comunitárias e os jornais independentes. Além disso, a participação das Organizações Não-Governamentais e da sociedade são essenciais, seja promovendo projetos em comunidades carentes para que gerem conteúdos próprios sobre si para que questionem os dados sensacionalizados acerca da sua realidade, seja acessando, ouvindo ou lendo o conteúdo por elas produzido.