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Enviada em: 14/08/2019

Foi no século XV que Johan Gutemberg criou a imprensa e, a partir daí, permitiu o surgimento do jornalismo. Hodiernamente, porém, o periodismo está repleto de sensacionalismos que impedem a circulação livre e imparcial de notícias. Esse exagero está relacionado à necessidade de atrair a atenção do público e ao fenômeno de pós-verdade que acomete a sociedade brasileira.   De fato, o sensacionalismo é a tendência de exagerar ou alterar determinada notícia com o objetivo de torná-la mais atraente ao público receptor- seja por sua tragicidade, seja por seu romantismo. Desse modo, até mesmo as notícias precisam ser "vendidas" na sociedade vigente, visto que a obtenção do lucro é o que rege a sociedade capitalista - como afirmava o materialista Karl Marx.    Ademais, o sensacionalismo no noticiário brasileiro está também ligado ao fenômeno pós-moderno da pós-verdade - que é a tendência de acreditar em dados sem comprovação prévia, a fim de reafirmar um argumento questionável -, posto que muitos jornalistas produzem conteúdos exagerados como forma de reafirmar um conceito facilmente duvidável. Percebeu-se esse processo na divulgação de dados dentro das mídias sociais durante o período das Eleições de 2018 no Brasil, em que diversos candidatos tiveram notícias falsas divulgadas como maneira de reafirmar sua reputação para a população votante.   Diante do exposto, percebe-se a origem da presença do sensacionalismo no jornalismo brasileiro. Torna-se fulcral, portanto, que as redes de jornalismo nacionais equilibrem o lucro com a veracidade das notícias com vistas a proporcionar um noticiário verdadeiro e, assim, seja possível tornar a população mais bem informada. Além disso, o Ministério da Educação deve reforçar o ideal da imparcialidade e da livre divulgação de notícias nos cursos de jornalismo, por meio de projetos educacionais, para que seja possível formar profissionais menos tendenciosos e, dessa forma, livrar o noticiários de pós-verdades e colocar em prática o jornalismo de fato.