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Enviada em: 23/07/2019

Na série norte-americana "Sex Education", a protagonista ,Maeve, invade o sistema da escola para alterar suas notas e conseguir sua aprovação no ensino médio e, por conseguinte, almejar de uma bolsa de estudos para a faculdade. Analogamente, fora da ficção, tem-se a proteção de dados cibernéticos no Brasil como reflexo de um país desenvolvido. Todavia , entraves como a baixa fiscalização e a comodidade social precisam ser mitigados para o surgimento de tal reflexo.       Em primeira análise, pontua-se sobre a baixa estrutura governamental na questão de proteger dados pessoais online dos indivíduos, uma vez que não dispõe de serviços para consulta e tecnologias de ponta, como datacenters, para segurança pública. Tal fato se correlaciona com a assertiva do engajado filósofo em questões sociais, Zygmunt Bauman, esse afirmava que a sociedade é interdependente do Governo, ou seja, que tal órgão controla as informações dos cidadão e a torna líquida e cada vez menos empática. Nesse sentido, fica claro o descaso dos órgãos públicos com a proteção de informações pessoais dos cidadãos brasileiros na internet. A fragilidade no sistema colabora para o aumento de cibercrimes, como cartões de créditos clonados, abertura de contas sem consentimento da vítima e inclusão indevida em órgão de proteção ao crédito como SPC e Serasa.       Outrossim, a comodidade das pessoas em não tomarem medidas antes de fornecer dados a terceiros ou sites corrobora para extensão da problemática. Segundo dados fornecidos pelo Olhar Digital, por ano são registrados em médias 500 mil casos envolvendo crimes virtuais e, 75% desses casos são devido ao descuido das vítimas. Desse modo, fica nítida que a sociedade moderna, embora possua um contato elevado com a tecnologia, se preocupa cada vez menos com os perigos presentes no campo virtual. Ademais, tais ações afetam o indivíduo não apenas no quesito financeiro, mas também na questão de ascensão social, já que após o uso de seus dados de modo malicioso pelos criminosos, seu nome perde direito ao crédito bancário o que quebra o direito de compra em vários varejos devido à inclusão de seu CPF( cadastro de pessoa física) aos órgãos de proteção ao crédito.       Portanto, para conseguir tornar a proteção de dados reflexo de uma sociedade em pleno funcionamento, é necessário que o Ministério da Educação juntamente com os veículos midiáticos elaborem campanhas socioeducativa  que tratem sobre  a importância de proteção de dados na rede, tais campanhas serão financiadas por meio de parcerias com instituições privadas, e promovidas em redes sociais, como Twiter e Instagram, com o finto de sensibilizar toda população sobre o tema. Somente assim, a realidade brasileira conseguirá reduzir o índice de casos envolvendo proteção de dados e distanciar-se-á da perspectiva retratada na série "Sex Education".