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Enviada em: 16/05/2018

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),no Brasil, determina à criança o direito à permanência no interior da família biológica, porém, inúmeras situações são responsáveis pela ruptura deste direito,abrindo possibilidade para adoção. Porém, até que seja efetivada,um longo caminho obriga a espera dos menores em abrigos. Além disso, o preconceituoso estigma social sobre o não vínculo biológico freia o número  de adoções e amplia a ansiedade e incerteza dos adotandos.    Com isso,reforça-se a necessidade da desconstrução do pensamento de que o mais importante vínculo é o biológico. O desconhecimento em torno do assunto e os mitos sociais contribuem para a inferiorização de relações não biológicos, e interferem na percepção de sua real importância perante as relações humanas. Como consequência, esse sentimento gera insegurança na construção de novos laços sociais e cria barreiras morais, que são invisíveis, mas freiam o número de adoções e de adotantes.    Somado a isso, crianças e jovens são forçados a permanecer por longos períodos em abrigos e instituições, sendo privados de um convívio social mais saudável e natural. Tendo como causa principal, a burocracia em torno dos processos ligados à adoção e a rigidez necessária na escolha de novas famílias. Porém, em consequência, o isolamento social, afetivo e psicológico afeta a construção de suas personalidades, histórias e futuros,tornando-os frágeis e com a necessidade de maior acompanhamento para o reparo desses traumas emocionais.    Assim sendo, a questão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil permeia por dois caminhos,o social e o moral. O primeiro exige, por meio da Sociedade Civil e mídias, a criação de campanhas publicitárias que conscientizem sobre a importância dos vínculos sociais e psicológicos em detrimento aos biológicos, visando maior aceitação social quanto à adoção. Segundo ,por meio de ONGs, a criação de grupos voluntários de acolhida que objetive a inserção social em período de espera ,devolvendo- os o convívio em família e às relações sociais construtivas.