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Enviada em: 11/06/2018

No limiar do século XXI, nota-se no Brasil grandes dificuldades no que diz respeito ao processo de adoção de crianças e adolescentes. Ainda que, possam ser observadas diversas melhorias em relação a tal problemática, fatores como preconceito racial e questões relacionadas à idade e saúde da criança persistem prejudicando inúmeros jovens a encontrarem sua família. Logo, grande parte das crianças disponíveis para a adoção, não conseguem concluir o processo e acabam toda a infância e adolescência em orfanatos.         Embora se encontre inúmeros problemas relacionados a esse cenário, deve-se ressaltar grandes melhorias que facilitaram todo o andamento em questão. A criação da CNA (Cadastro Nacional de Adoção) em 2008, por exemplo, possibilitou uma agilização nos processamentos, pois permite com maior facilidade a combinações dos perfis dos pais e da criança, por todos os estados. Mas ainda há uma demora no processo, que mesmo sendo importante para a proteção da criança, desestimula muitos casais optarem por esse modelo de parentalidade.         Deve-se abordar ainda que, apesar de que haja uma quantidade de casais dispostos a adotar bem superior ao número de menores disponíveis, cerca de 6 famílias para cada jovem, as exigências dos futuros pais não se encaixam com o perfil encontrado nas crianças. A grande maioria dos candidatos exigem crianças menores que 5 anos, de preferência bebês, e ainda, de pele clara e que não possuam algum tipo de doença e irmãos. Isso acontece, pois, muitos, ainda vêm como uma vantagem no processo de adoção, a possibilidade de que seja escolhido todas características do seu filho, então, criam um “filho ideal”, não dando possibilidade para aqueles que não se encontram nesse padrão.       Torna-se evidente, portanto, que as questões relacionadas à adoção no Brasil devem ser trabalhadas. Para isso o Governo Federal deve, por meio do Ministério da Justiça e em apoio ao Estatuto da Criança e do adolescente, criar medidas legislativas que acelerem o processo de adoção, sem que haja um comprometimento nos direitos da criança. Além disso, ONGs em apoio a tias causas devem se unir às mídias e redes sociais de forma que consigam espalhar a importância da adoção para todos os tipos de menores, através de panfletos e matérias explicativas. Assim, todas as crianças conseguiram o que é delas por direito, uma família.