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Enviada em: 18/06/2018

Adoção Consciente    Atualmente, a questão da adoção ao longo do mundo vem se tornando cada vez mais simplificada no que tange às barreiras legais. Nesse sentido, diversos países desenvolvidos, como Canadá e Holanda, encarregam-se de incentivar uma adoção consciente sem a imposição de critérios rigorosos para sua legitimação. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois, mesmo havendo uma diminuição da seletividade do menor, perpetua-se um sistema judiciário lento na condução de seus processos, até o ponto de causar desistência de certas famílias.    Em primeiro lugar, é importante ressaltar que, no Brasil, as preferências por cor e gênero não se apresentam como fator decisivo no momento da adoção, levando em conta, sobretudo, a idade. Ademais, a maioria das crianças nos orfanatos possuem mais de 5 anos, sendo que, segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, a preferência de 90% das famílias são por crianças com idades inferiores a essa. Desse modo, o congestionamento do processo adotivo se dá, essencialmente, pelo excesso de exigências preconizado pelos futuros adotantes.   Outrossim, observa-se que o governo, além das famílias, é responsável pela lentidão no processo de adoção, devido a ineficácia de atuação do poder judiciário - responsável por garantir os direitos individuais e solucionar conflitos. Então, graças a intensa sobrecarga de atividades desse poder, certos casos acabam demorando para serem solucionados, havendo assim a instauração do sentimento de desistência por parte das famílias. Dessa forma, crianças acabam perdendo sua chance de ter um lar, onde possam compartilhar sentimentos e histórias. Torna-se evidente, portanto, que a questão da adoção no Brasil apesar de ter melhorado superficialmente, exige, ainda, medidas concretas e efetivas. É imperioso, nesse sentido, que o governo federal, em parceria com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), incentive a população a adotar uma criança, por meio da exibição de propagandas em redes nacionais que demonstrem os benefícios da adoção, no qual preconizem uma adoção consciente para a população, para que o processo de apadrinhamento seja cada vez mais intensa e rápida. Quem sabe, a situação das crianças dos orfanatos não possa ser a vivenciada pelos países desenvolvidos, como o Canadá e Holanda.