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Enviada em: 15/06/2018

Adoção Consciente Atualmente, a questão da adoção, ao longo do mundo, vêm se tornando cada vez mais simplificada no que tange ás barreiras legais. Nesse sentido, diversos países desenvolvidos, como Canadá e Holanda, encarregam-se de incentivar uma adoção consciente sem a imposição de critérios rigorosos para sua legitimação. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois, mesmo havendo uma diminuição da especificidade solicitada do menor, perpetua-se um sistema judiciário lento na condução de seus processos, até o ponto de causar desistência de certas famílias. Em um primeiro lugar, é importante ressaltar que, no Brasil, as preferências por cor e gênero não se apresentam como fator decisivo na hora da adoção, levando em conta, principalmente, a idade. Ademais, a maioria das crianças nos orfanatos possuem mais de 5 anos, sendo que a preferência de 90% das famílias são por crianças com idades inferiores a essa. Desse modo, o congestionamento do processo adotivo se dá, essencialmente, pelo excesso de exigências preconizado pelos futuros adotantes. Outrossim, observa-se que o governo, além das famílias, é responsável pela lentidão no processo de adoção, devido a ineficácia de atuação do poder judiciário - responsável por garantir os direitos individuais e solucionar conflitos. Então, graças a intensa sobrecarga de atividades desse poder, certos casos acabam demorando para serem solucionados, havendo assim, sobretudo, a instauração do sentimento de desistência por parte das famílias. Dessa forma, diversas crianças acabam perdendo sua chance de ter um lar permanente e pacífico, devido a falta de organização governamental. Torna-se evidente, portanto, que a questão da adoção no Brasil exige medidas concretas e não discursos falaciosos sem resultados efetivos. É imperioso, nesse sentido, que o governo, na figura do poder Judiciário, busque redirecionar os pedidos de adoção para outros órgãos governamentais à serem criados, com fito de acelerar o processo de apadrinhamento e impedir que cada vez mais menores sofram impactos psicológicos e emocionais com constantes recusas de adoção. Quem sabe, a situação das crianças dos orfanatos não possa ser a vivenciada pelos países desenvolvidos, como o Canadá e Holanda.