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Enviada em: 25/07/2018

É sabido que o processo de adoção de crianças, no Brasil, é muito demorado e bastante burocrático. No entanto, é importante ressaltar que a procrastinação e toda rigorosidade do processo acabam questionando a própria Lei Suprema, nossa sétima e vigente Constituição Federal.       Em primeiro lugar, é imprescindível, ainda, muita atenção com a Magna Carta, porque de acordo com o Guilherme Boulos, ativista, candidato a presidência da República, filosofo e escritor brasileiro deve-se assegurar o direito a propriedade, além disso precisa também cumprir a sua função social, nesse caso amparando o direito dos jovens sem lares. Infelizmente, o passar do tempo e o acúmulo de registros para adoção têm como consequência a não garantia plena desse direito previsto na Carta da República.       Por conseguinte, a questão se agrava progressivamente quando é feito o acompanhamento dos números de apadrinhamento. Segundo pesquisa feita pelo DPJ (Departamento de Pesquisa Judiciárias) a idade avançada é o maior empecilho para a perfilhação, uma vez que 21000 dos 29000 pretendentes a adoção declaram aceitar crianças entre 0 e 5 anos. Nesse sentido, fica evidente a interferência de maneira retardatária do Estado, o qual já se apresenta muito ineficaz em menor ou maior grau para as minorias, ou processos judiciais da sociedade.       Nessa perspectiva, é indubitável a inerte aplicação de políticas para alterar o cenário de preferência da população, essa que, cada vez mais, anseia por um novo integrante na família. Por isso, cabe a Vara da Infância e Juventude, como órgão de garantia dos direitos das crianças e adolescentes ajustarem medidas protecionistas e protetivas, por meio de juízes auxiliadores para que todo o aspecto financeiro, social, cultural, educacional e humano sejam amplamente respeitados, afim de que todo o menor tenha as oportunidades e os direitos previstos no artigo 5º da Carta Mãe. Dessa forma, a sociedade é recompensada e conseguirá ajudar uma grupo social que se encontra sem garantias e com um futuro duvidoso.