Crianças humanizadas Atualmente, há mais pessoas na fila de espera para adotar do que crianças e adolescentes, cerca de cinco vezes mais. Porém há uma idealização da adoção, como exigências quanto à idade que pode prolongar a espera pelo filho. Uma vez que, os possíveis pais optam por meninos(as) de até quatro anos e, apenas 5% de 43 mil candidatos aceitam acolher outras idades, como de nove anos ou mais, segundo o Cadastro Nacional de Adoção (CNA). No entanto, é nesse contexto que estão mais de 60% dos indivíduos aptos para serem adotados em abrigos do Brasil. Além da longa espera do poder judiciário para concretizar os papéis definitivos. Em virtude desse, pré-conceito estabelecido há uma certa desconfiança em amparar esses jovens com mais idade. Além disso, a justiça é demorada para conseguir a guarda absoluta, na qual nesse processo é necessário ter o estágio de convivência com os interessados em adotar para observar a relação interpessoal e ver se os adultos estão capacitados em receber e cuidar desses garotos. Ainda que, tenham muitos que querem ter filhos por acolhimento, as leis devem ser reformuladas para que assegurem a segurança dos infantojuvenis quanto dos requerentes, além da quebra dos estereótipos que pode ser feita através da aproximação dos candidatos à pais com as crianças. Em conclusão, o procedimento deve ser rigoroso e mais rápido, além de humanizar o sistema adotivo com fotos dos jovens antes do contato direto, na qual pode ajudar na flexibilização das exigências dos pais na questão racial, cultural e nas idades, como também investir em campanhas publicitárias explicativas.