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Enviada em: 30/07/2018

No Brasil, a adoção é uma grande procura.Segundo dados do CNA- Cadastro Nacional de Adoção- o número de órfãos é 5 vezes menor que a quantidade de pretendentes a adoção. Entretanto, apenas 10 % desses aceitam crianças acima de 6 anos, as quais representam 90% dos desprovidos de família.Nesse contexto, não há dúvidas que a adoção tardia é um desafio no Brasil, o qual ocorre, infelizmente, devido não só a falta consciência dos adotantes, mas também aos padrões estéticos exigidos por esses.       Em primeiro lugar, é preciso remodelar a mentalidade dos pretendentes a adoção. " Não existe caminho do "... bem, o bem é o caminho.Adaptando a famosa frase de Mahatma Gandhi, chegamos a conclusão de que esse ideal não é seguido em nossa sociedade, uma vez que quando se trata de adoção,além de esperarem anos para serem adotadas, esses ainda correm o risco de voltarem por não adaptação ao novo lar, o que ocasiona traumas e sofrimento para ambos. Desse modo, urge que os adotantes possuam uma maior consciência.        Além disso, é imprescindível pensar sobre os padrões sociais exigidos." O essencial é invisível aos olhos " disse o pequeno príncipe. Nesse contexto, tal frase contrasta com os perfis desejados para a adoção baseados em aparências e padrões sociais, visto que 68 % dos pretendentes a adotar não aceitam crianças negras ou pardas devido padrões de beleza arcaicos.            Torna-se evidente, portanto, que enquanto a mentalidade de quem quer adotar permanecer, as filas de órfãos só aumentará. Dessa forma, cabe as instituições formadoras de opinião como as organizações religiosas, por intermédio de palestras e trabalhos em grupos que envolvam futuros pais adotivos a respeito do tema. Além disso, é imprescindível que o poder público destine maiores investimentos a capitação de profissionais especializados em reconhecer os perfis de preferência dos pretendentes em diferentes estados, com o objetivo de acelerar os processos de adoção e reduzir o número de órfãos tardios.