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Enviada em: 21/08/2018

Sem mais traumas e exigências    Em primeira vista, a questão da adoção de crianças e adolescentes parece simples no Brasil. Entretanto, o cenário real se trata de adultos exigentes quanto a características físicas, enquanto esses últimos, ao serem diferenciados, acabam sofrendo danos psicológicos por sofrerem tais preconceitos.       Ocasionalmente, crianças ficam sem família seja por morte dos pais e ausência de parentes para assumir a responsabilidade legal, como também, até mesmo, quando o conselho tutelar identifica incapacidades dos representantes atuais de cumprir com os cuidados mínimos necessários. Assim, muitos menores são encaminhados para orfanatos ou casas de apoios já traumatizados com situações de morte ou violências físicas e morais, local onde se recuperam e esperam pelo surgimento de famílias voluntárias ao acolhimento necessário.       Por conseguinte o processo parece simples, entretanto ao encontrar-se disponível para adoção, o menor torna-se indiretamente alvo de preconceitos por conta dos candidatos. Isso porque, apenas três a cada dez candidatos aceitam crianças negras, ou seja, são exigentes quanto as características físicas do indivíduo que escolherá. Por um lado, entende-se ser direito, por lei, dos futuros responsáveis escolher a criança segundo as próprias preferencias. Mas, do ponto de vista dos menores, torna-se traumatizante e desfavorecedor ao perceberem a diferenças em relação a escolha que um colega pode ter em relação a outro, sendo afetado psicologicamente e sujeito a medos, inseguranças e revoltas.          Em suma, a questão da adoção não é simples, existem problemáticas em relação a exigência dos candidatos e vulnerabilidade em relação aos menores. Sendo assim, o Governo e a sociedade precisam apoiar e estimular adoções livres de exigências físicas, pois somente assim as crianças e os adolescentes estarão sendo tratados de forma igualitária e justa, a fim de que no futuro se tornem adultos seguros não traumatizados.