Materiais:
Enviada em: 23/08/2018

Formas igualitárias na adoção       Desde o iluminismo sociedades apenas evoluem quando indivíduos se comprometem com os princípios da alteridade. Neste contexto, a questão da adoção de crianças e adolescentes parece simples no Brasil, entretanto o cenário real se trata de adultos exigentes quanto a características físicas do menor. Assim, além dos problemas psicológicos já enfrentados por crianças ao se encontrarem ausentes de família, ainda acabam lidando com preconceitos por serem diferentes entre si.       Ocasionalmente, menores são encaminhados para casas de apoio e orfanatos quando órfãos ou vítimas de violências e ausência de condições mínimas para viver. Por conseguinte, são amparados fisicamente e psicologicamente, até o encontro de um novo lar, a fim de que possam continuar a crescer em um meio familiar e construir bases e princípios capazes de estimular atitudes construtivas para a sociedade.       Mas, não é tão simples assim, apenas três a cada dez candidatos a adotar menores aceitam crianças negras. Ou seja, os futuros pais são exigentes quanto as características físicas do indivíduo que escolherá. Legalmente, os candidatos podem escolher a criança conforme própria preferência, mas os não encolhidos por serem diferentes, encontram-se afetados psicologicamente por medos, inseguranças e revoltas ao lidar com o preconceito, indo de encontro com os princípios da alteridade, pois qualquer forma de preconceito é capaz de corromper o processo de crescimento ideal do indivíduo comprometendo também a evolução do meio no qual está inserido.       Portanto, a questão da adoção no Brasil necessita de cuidados e discussões, tanto por parte do Governo em garantir o bem estar das crianças em espera e estimular a adoção livre de exigências, como também por parte da população que podem exigir formas igualitárias ao tratamento de crianças e adolescentes nesse processo, a fim de que possam ser valorizados e não ocorra o rompimento com a evolução social.