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Enviada em: 04/09/2018

No Brasil atual, existem cerca de 10 mil crianças em orfanatos, aguardando adoção. Parece um número alto até termos conhecimento que 40 mil pessoas estão cadastradas como adotantes. Diante dessa relação,  buscamos entender motivos que levam crianças a crescerem em orfanatos até que percam interesse em adotá-las por conta da idade elevada.             Precisamos entender todo o processo de adoção para analisarmos os fatores que dificultam o crescimento do número de perfilhação no país. Para adotar uma criança brasileira, passa-se por um cadastro nacional, sendo obrigatório ter mais de 18 anos e uma diferença de 16 anos entre o adotante e o adotado. Após a apresentação de documentos, há a obrigatoriedade de fazer um curso para habilitação, passar por entrevista e visita na residência informada. Somente após todos os estágios, o adotante ficará apto no cadastro nacional de adoção, onde permanecerá inicialmente por 2 anos, depois torna-se necessária a atualização de dados.                Contribuindo ainda para a lentidão do processo, crianças mesmo com diagnóstico de que a família não tem condição de criá-las, ficam aguardando por anos a liberação para adoção, quando havendo a comprovação de maus tratos ou abuso, não seria necessário esperar.                    No decorrer de tantas etapas, as crianças continuam crescendo em orfanatos. No país em que a preferência é por meninas de até um ano, a demora e tanta burocracia muda o destino de várias pessoas, que ao invés de formar sua família, continua aguardando diante de tamanha morosidade.                                                                     Em 2017, um projeto de lei foi aprovado pelo Senado, defendendo menores períodos entre cada passo do processo. Assim, surge uma esperança para quem deseja um lar e pais que esperam seus filhos. Outro ponto que deve ser tratado é a não marginalização de mães que dão seus filhos para adoção, visto que essas crianças são liberadas de forma mais rápida nos casos das adoções prontas, quando colocadas em adoção pelos próprios pais. Assim, o número de adoção crescerá no país.