Materiais:
Enviada em: 05/10/2018

Conforme à História, desde a Antiguidade, povos de todas as etnias praticavam a adoção, tendo acolhido em suas famílias crianças e criado como filhos naturais. Na contemporaneidade, o ato de adotar detém grande proporção na esfera nacional. Entretanto, a referida instituição social enfrenta determinados obstáculos, tais como a burocracia judicial envolvida e o padrão exigido pelos adotantes.     A princípio, ressalta-se que os processos legais requeridos a tal ação representam um empecilho. De acordo com um levantamento feito pelo site Adoção Brasil, leva-se, em média, 2,5 anos para se conseguir adotar uma criança no país. Nesse sentido, nota-se a demasiada espera não só dos adotantes, bem como dos adotandos, a qual se dá devido à quantidade e complexidade de documentos solicitados. Dessa forma, a adoção se torna gradativamente mais árdua e burocrática.     Outrossim, é inegável que o perfil demandado pelos potenciais pais é restrito. Segundo o Cadastro Nacional de Adoção, quase 20% dos dispostas ao perfilhamento só aceitam crianças brancas, ainda que 66% não sejam. Ademais, 91% procuram por adotar menores de 6 anos, embora apenas 8% deles se encaixem nessa categoria. À vista disso, percebe-se a demasiada discrepância entre o padrão diligenciado e a realidade efetiva nos abrigos; e que o tempo de espera para adoção também aumenta, visto que as exigências não podem ser satisfeitas.  Por conseguinte, tendo em vista os argumentos supracitados, medidas fazem-se necessárias. É preciso que o sistema de perfilhação seja ampliado. Para que isso seja possível, é mister que o Estado, no âmbito Executivo, trabalhe na desburocratização dos litígios adotivos, por meio da redução do número de documentos essenciais e agilização dos processos judiciais, a fim de reduzir o prazo de aguarda. Além disso, é vital que as mídias, juntamente com as ONG’s, sensibilizem as pessoas acerca do perfil exigido ao adotar, mediante a realização de propagandas e campanhas publicitarias, com o intuito de expandir o quantidade de crianças aptas à adoção. Assim, será possível tornar esse ato mais viável e constante no Brasil.