Materiais:
Enviada em: 29/10/2018

A série "The Fosters", veiculada pela Netflix, conta a história de um casal de lésbicas que monta uma família nada convencional, indo contra os padrões impostos pela sociedade. A obra traz a perspectiva de um casal homoafetivo que constitui uma família composta por filhos adotivos, enfrentando preconceitos e peripécias em pleno século XXI. De forma análoga, as políticas de adoção no Brasil ascendem como uma questão/problemática social.        É de crucial importância analisar, inicialmente, que consoante a Constituição de 1988: todos são iguais perante à lei e tem direito a igualdade, sem distinção de qualquer natureza. De forma coesa, casais homoafetivos devem ter o direito de adotar assim como órfãos devem ter o direito à adoção. O contexto social contemporâneo permite a diversificação da estrutura familiar, uma vez que homossexuais são tão bem preparados para montar uma família quanto um casal hétero, tendo em vista que a sexualidade do indivíduo não pode ser um fator que proíba-o de dar uma nova chance de vida às crianças abandonadas. Restituindo uma ideia de lar para que elas cresçam sem traumas ou falta de humanidade.       Outrossim, vale ressaltar que uma melhor jurisdição a cerca da problemática tende a reverter o futuro de inúmeros jovens, em sua maioria. O ato de adoção permite ao órfão uma nova trajetória a ser seguida, uma vez que quando exposto ao descaso por parte da sociedade e à marginalização, geralmente, segue caminhos conturbados e destrói sua prórpia vida. Casais que adotam, oferecem ao mesmo uma nova opção de vida, com segurança e apoio. Segundo o sociólogo Bordieu, a família constitui o habitus primário, este que é o estopim na formação pessoal e individual, reforçando ainda mais a ideia de que a adoção é um caminho para a salvação.       Torna-se evidente, portanto, que deve haver uma melhoria no setor político de adoção brasileira para que se assegurem os direitos essenciais aos órfãos abandonados. Para isso, cabe ao Poder Público intensificar os esforços, flexibilizando diretrizes e leis que respaldem casais homossexuais ou héteros de terem uma maior chance de adotar, reduzindo o tempo burocrático de uma medida adotiva para outra com o intuito de acelerar o processo e, permitir que mais jovens órfãos sejam contemplados pelo benefício da adoção. Dessa maneira, será possível minimizar o impasse que envolve a questão da adoção no Brasil.