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Enviada em: 23/09/2019

No Brasil há um grande número de famílias que, seja por problemas no processo de gravides ou por simples demonstração de afeto, desejam adotar filhos. Ademais, o número de crianças e adolescentes na fila de espera para serem adotadas é inferior ao de famílias cadastradas para o mesmo processo. Porém, apesar dessa diferença, ainda há no país um grande número de crianças e adolescentes em busca de um lar, fato que pode ser explicado majoritariamente pelo padrão exigido por essas famílias interessadas em adotar, e também por casos de homofobia.     Por mais que seja elevado o número de casais que estão interessados na adoção de um filho, suas exigências para tal ato impossibilita o processo. Esses cadastrados para o processo de adoção, na maioria das vezes, demonstram interesse em adotar apenas crianças com até 5 anos de idade e sem irmãos ou irmãs. Dado que muitos dos jovens acolhidos nos lares de adoção não se encaixam nesse padrão solicitado, o processo para que esses mesmos sejam adotados se torna muito mais difícil de acontecer.    Além domais, tais jovens quando atingem 18 anos e ainda se encontram nas casas de acolhimento são excluídos do processo e retirados dos lares de acolhimento. Tal acontecimento pode levar a um aumento da criminalidade no país, já que os jovens expulsos podem muitas vezes não ter condições para começar uma vida nova e optarem por realizar crimes para sobreviver.    Ainda mais, casais LGBT também demonstram muitas vezes interesse em adotar crianças para os seus lares. Porém, com os ataques homofóbicos que muitos membros dessa comunidade sofrem, cria-se por parte dos mesmos, um receio e até desinteresse em continuar no processo de adoção. Tal medo se justifica pela ideia de que a criança adotada poderá sofrer algum tipo de insulto ou forma de opressão por ser filho de um casal homossexual.    Dessa forma, torna-se necessário a implementação de medidas para flexibilizar as exigências demandadas pelas famílias que desejam adotar. Entre elas, pode-se realizar, durante o curso preparatório exigido pela lei aos interessados no processo, uma apresentação da opção de adotar adolescentes e irmãos; e uma apresentação dos benefícios que isso traria à tais crianças. Também deve-se ampliar e intensificar as penalidades por lei à quem pratica atos de homofobia, de modo que casais LGBT se sintam mais seguros em criar uma família com uma criança adotada. Dessa forma, o número de jovens nos lares de acolhimento poderá ser diminuído, assim como a criminalidade no país.