Materiais:
Enviada em: 14/12/2017

Pertencer a uma família é de extrema importância para se moldar os valores de um indivíduo, visto que é a partir dela que se tem a criação dos primeiros laços afetivos, bem como parâmetros que norteiam uma vida social, como as regras a serem seguidas. À vista disso, a adoção de jovens desamparados, como os órfãos,  faz-se de extrema importância não só pela questão humanitária, mas também tendo em vista a formação de bons cidadãos. Contudo, há grandes impasses para a execução de adoções, não só no que tange a burocracia, como também aos preconceitos.     É válido frisar os grandes impasses enfrentados por aqueles que querem adotar. O principal problema é o sistema adotivo burocrático, sistema de adoção que, como se sabe, mesmo sendo criado para garantir total segurança ao adotado é muito extensivo e repleto de exigências, o que faz com que muitas famílias desistam no meio do processo ou que não sejam selecionadas para o processo adotivo. Como ratificação, tem-se pesquisas, realizadas pela revista Superinteressante, que garante que mais de 30% das famílias que adentraram no processo de adoção desistiram pela burocracia do processo ou tiveram seu pedido indeferido por, por exemplo, não possuir tão quantia de renda, por ser mãe ou pai solteiro, ou homossexuais, onde se percebe o preconceito como outro grande entrave desse tema.     Além disso, o preconceito também é muito enfrentado por aqueles que querem ser adotados. O telejornal Globo Repórter retratou, recentemente, o drama de alguns jovens que esperam na fila de adoção há anos devido à manifestação de todas as formas do preconceito. O jornal afirmou que mais de 70% das crianças adotadas são de até 3 anos de idade e brancas, e que menos de 10% das crianças negras, amarelas e indígenas são adotadas no Brasil, mesmo estando em maior número na fila de adoção do que as consideradas brancas. Ademais, é importante frisar que menos de 5% são as crianças acima de 10 anos ou com alguma deficiência adotadas Tudo isso mostra que a discriminação é um dos principais impasses para que esse ato humanitário  possa beneficiar a  todos que precisem.      Por conseguinte, medidas que resolvam o impasse devem ser tomadas. O Congresso Nacional deve criar projetos de leis que visem a desburocratizar o processo adotivo o máximo possível, contudo de modo a preservar mecanismos que garantam a proteção dos adotados. Aliás, o Ministério da Educação, com verbas provindas da Receita Federal, deve ampliar suas campanhas que combatem todo o tipo de discriminação, tanto em todos os centros educacionais como em meios midiáticos. Assim, as pessoas terão a ciência da igualdade e o preconceito,então, não será mais um entrave ao processo adotivo. Pois é como acreditava o filósofo Immanuel Kant ´´O homem é aquilo que a educação faz dele´´. Assim, o impasse será bem resolvido e a adoção no país crescerá e abrangerá a muitos que necessitam dela.