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Enviada em: 25/01/2018

Adoção no Brasil: Do abandono ao esquecimento.       A adoção, segundo a Constituição de 1988, é uma medida que visa ao bem-estar de crianças e adolescentes que se encontram em situação de abandono. Porém, os estereótipos acabam tornando o processo de adoção doloroso para os jovens que residem nos abrigos.       Segundos os dados do Conselho Nacional de Justiça, cerca de 20% das pessoas que querem adotar preferem não adotar crianças negras, que representam 66% dos que estão nos abrigos brasileiros. Outra representante do chamado grupos dos menos contemplados são as crianças que possuem algum tipo de deficiência, que constituem 25% do total.       A busca de um filho adotivo por pessoas que possuem um perfil rigorosamente pré-estabelecido da criança e que privilegiam crianças brancas e sem algum tipo de deficiência dificulta e prolonga a permanência da maioria dos jovens nos abrigos. Isso faz com que a maioria desenvolva um sentimento de exclusão social e danos psicológicos causadas pelo abandono.       Pode-se notar, portanto, a necessidade de criação de projetos que estimulem a adoção de jovens sem levar em conta quaisquer atribuições físicas, biológicas e/ou psicológicas. Com o efeito desta, é possível sonhar com o conforto de milhares de vidas abandonadas.