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Enviada em: 26/01/2018

Adotando Consciência        Conforme Leo Tolstói: “A verdadeira felicidade está em casa, entre as alegrias da família. Desse modo, o Estatuto da Criança e do Adolescente ratifica esse pensamento no seu 19º artigo, o qual prevê a convivência familiar e comunitária. Nesse contexto, assuntos sobre a adoção, como a burocracia e a preferência dos pretendentes entram em debate social.       Embora existem cerca de 32.000 pretendentes e 5.600 crianças, isto é, cinco pais para cada filho, a lista de adoção aumenta. Segundo a 3ª Vara da Infância e Juventude de Belo Horizonte, apesar da recente aprovação da Lei de Adoção, a qual prevê celeridade ao processo, uma ação dessa natureza demora doze meses. Assim, o número pequeno de servidores no judiciário contribui para a demora.       Também, de acordo com o jornal O Globo, somente 20% dos pretendentes aceitam crianças e adolescentes independentemente de raça, idade e sexo. Ainda, existem pais que exigem característica bem específica, como a cor dos olhos. Dessa forma, a preferência é outro fator que explica o crescimento da lista de adoção, além de criar um desconforto psicológico nas crianças preteridas.       Ademais, um outro aspecto sobre a adoção é o preconceito contra a comunidade homossexual. Segundo Pablo Haddad, do movimento LGBT, cerca de 80% desses parceiros são questionados se a figura de pais do mesmo sexo não seria prejudicial ao desenvolvimento da criança. Sendo assim, apesar da posição do Superior Tribunal Federal em reconhecer um casal homoafetivo como família, parte da população demonstra discriminação contra pais homossexuais.       Em suma, para que o processo de adoção no Brasil seja feito de forma mais célere, é necessário que os Tribunais de Justiça dos Estados e a Secretaria de Desenvolvimento Social atuem. O primeiro deve criar novas Varas de Família, assim o tempo do processo no âmbito do Poder Judiciário irá diminuir. Já a pasta deve criar campanhas e fornecer acompanhamento psicológico em conjunto com ONGs para educar a comunidade e amparar os adotados. Por meio dessas palestras os futuros pais serão conscientizados da importância de não escolherem crianças e adolescentes com base em características triviais, assim como ensinará a sociedade que filhos com pais homoafetivos não têm o desenvolvimento comprometido.