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Enviada em: 20/02/2018

Construindo as famílias brasileira   O tema da adoção de crianças e jovens no Brasil é pouco disseminado. No entanto, após o casal de famosos Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank adotarem a pequena Titi de apenas 2 anos,em 2016, fez com que o assunto despontasse nos veículos de comunicação. Entretanto, apesar de terem acolhido uma criança negra esse não é o cenário brasileiro de adoção, uma vez que este apresenta características que devem ser transmudadas como a busca por um perfil de adoção e uma descomunal burocracia.    Brancos saudáveis e com menos de 5 anos, esses são os requisitos mais procurados pelos adotantes no processo de perfilhação. Todavia, é uma conta que não se fecha, pois segundo dados do Cadastro Nacional de adoção 90% dos casais pretendem adotar crianças com essas características, no entanto, apenas 4,61% dos disponíveis se encaixam nesse perfil. É viável, deste modo, que a negligência para com os 95,39% jovens desamparados que almejam serem adotados seja eliminada.    Por outro lado, quando os futuros pais se identificam com uma criança, independentemente da etnia ou condições físicas, a enorme burocracia inicia. Não obstante, os procedimentos para adoção tais como a preparação, avaliação socioeconômica e psicológica tanto para o órfão quanto para os adotantes são primordiais, contudo, apesar da Lei Nacional da Adoção estipular permanência de até 2 anos em orfanatos, na grande maioria das vezes esse prazo é descumprido. Isso demonstra, portanto, a necessidade de mudanças nos mecanismos e nas estruturas responsáveis pelo processo de acolhimento.    Faz-se imprescindível, destarte, a tomada de providências contra a busca para apenas este tipo de perfil e encurtar o processo de adoção. Isto posto, medidas como a apresentação física e convívio das crianças e jovens com os possiveis pais ao invés de formulários tendo como órgão supervisor o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) o qual permitirá visitas à instituições e abrigos ou à residências acompanhadas de assistentes sociais acelerará o processo. Além do mais a manutenção do uso das varas da Infância e da Juventude através da contratação de assistentes sociais e psicólogos, Aliados ao Legislativo criando emendas no ECA para encurtamento do trâmite de admissão. A adoção, desta forma, estará cumprindo com o direito de que todo indivíduo deve ter uma família.