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Enviada em: 30/08/2017

A partir da colonização do Brasil pelos portugueses, iniciou-se o processo de formação de uma nação de multinacionalidade com ameríndios, africanos e portugueses sendo parte do povo brasileiro. Com o passar do tempo, chegou-se ao período áureo do café, com o incentivo à imigração de diversos países da Europa com o intuito de aumentar a mão de obra nas lavouras. No entanto, todo esse artifício não conseguiu harmonizar todos os grupos existentes, muito pelo contrário, houve preconceito e discriminação, sendo ranços presentes até hoje na sociedade brasileira.        Segundo o livro História do Brasil, de Bóris Fausto, com o “achamento” do Brasil pelos portugueses, logo ouve contato com a população ameríndia, os índios, e esse contato não foi pacífico ao passo em que os índios foram tidos como seres inferiores que deveriam ser civilizados pelo europeu, sendo eles obrigados a aderir aos costumes e normas desconhecidas. Isso mostra que desde o princípio da formação da nação brasileira, a xenofobia europeia gerou ideais corrompidos no povo, sendo estes apenas contestados anos depois da carnificina feita com os índios que resistiam ao processo de “aculturação”.              Paralelamente ao “achamento do Brasil”, os portugueses viram na população africana uma oportunidade de obter lucro com a sua venda da força de trabalho, e não demorou muito para que o tráfico negreiro deixasse incuráveis cicatrizes na história brasileira, ao mesmo tempo em que integrava ao território um povo de tão rica cultura. Felizmente, após cerca de 300 anos de escravidão eles são libertos em 1889 no período áureo do café, onde a imigração foi bastante estimulada, porém, não conseguiram inserir o africano na sociedade brasileira e o imigrante era praticamente tratado como um escravo assalariada nas lavouras. Toda essa história mostra a influência dos ideais xenófobos no brasileiro, que é visto atualmente em diversos casos de violência contra imigrantes e também em esforços governamentais para sanar tal discriminação. Uma prova de tais fatos é o aumento de 663% de casos de xenofobia registrados e a campanha governamental "Eu também sou imigrante".              Diante do exposto supracitado, urge que medidas sejam tomadas. Primeiramente, o Ministério da Educação deve incluir na matéria de filosofia módulos que mostrem a pluralidade cultural do mundo, pois o estranhamento e xenofobia advêm da falta de conhecimento de mundo segundo Gilberto Cotrim. Além disso, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com a Polícia Federal devem disponibilizar uma plataforma ao imigrante que o mostre os pontos mais recorrentes de xenofobia nas cidades, garantindo a segurança do mesmo. Dessa forma, tanto as futuras gerações perderão os ranços da xenofobia, assim como os atuais imigrantes poderão se sentir mais seguros.