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Enviada em: 31/08/2017

Entre as causas da Segunda Guerra Mundial ocorrida durante o século XX, a presença de movimentos marcados por xenofobia, como o nazismo alemão e o fascismo italiano, ressaltaram-se. No Brasil, embora ela seja considerada como crime, percebe-se que há ainda resquícios desses movimentos na sociedade civil e afins. Nesse contexto, seu debate faz-se importante.      Com efeito, a xenofobia possui características decorrentes do período colonial brasileiro. Com a chega oficial dos colonizadores portugueses no limiar do século XVI, uma visão eurocêntrica fez-se presente e gerou a aculturação dos índios, porquanto eram considerados como não civilizados e pertencentes à uma cultura pagã. Por conseguinte, há um pensamento persistente na sociedade civil de hierarquização de culturas.    Outrossim, a xenofobia é resultante do pequeno espaço dado pelos setores de educação para ações que valorizam o exercício da alteridade. Segundo a escritora Hellen Keller, a tolerância é o resultado mais sublime da educação. Essa tolerância evita a xenofobia, pois compreende aspectos como as religiões, culturas e etnias. Ademais, Paulo Freire disse que "se a educação sozinha não pode mudar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda".      Destarte, urge a adoção de medidas a fim de mitigar o cenário atual, que não é satisfatório. No âmbito civil, Organizações Não Governamentais e a família devem, por meio de instituições sociais, desenvolver conferências e mobilizações sociais sobre as diversas culturas e suas peculiaridades, além de mostrar sua contribuição na cultura brasileira. No âmbito federal, o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação devem, por meio de ferramentas de ensino, perpetuar a discussão sobre a importância da alteridade e a sua aceitação.