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Enviada em: 31/08/2017

Desde a década de 1990, com a ascensão da Nova Ordem Mundial, reascenderam no âmbito social uma diversidade de intolerâncias, preconceitos, e discriminação que, conforme o filósofo Durkheim, são patologias sociais, que se expressam atualmente com a  chamada xenofobia ou neonazismo. Desse modo, faz-se necessário analisar a problemática no contexto mundial, bem como suas implicações para com a própria homeostase social ( equilíbrio ).      É fundamental pontuar, de início, que a xenofobia encontra-se intimamente relacionada ao fluxo de pessoas. Na geopolítica mundial a imigração tornou-se um processo natural e  contínuo entre fronteiras territoriais. Entretanto, é inadmissível que o mesmo venha configurar-se em barreiras psicológicas, dotadas de animosidade e hostilidades execráveis promovidas contra imigrantes. Tal afirmação é corroborada com o aumento da violência aos estrangeiros em países como Alemanha, França, e Inglaterra e, inclusive, no Brasil, no qual formam-se gangues, sobretudo, em regiões metropolitanas. Com ideários neonazistas, esses grupos chegam a alardear a suástica tatuada em seu corpo e disseminam ódio e violência de qualquer ordem ( física ou psicológica ) contra argentinos e, principalmente, haitianos.                  Outrossim, é importante pontuar, ainda, as consequências da xenofobia para indivíduos que se encontram em países democráticos e que, de acordo com Declaração Universal dos Direitos Humanos, como qualquer outro, possuem o direito de lutar em favor de melhores condições de vida. Todavia, com tais prerrogativas anuladas, o imigrante fica, cada vez mais, tolhido de participar ativamente na sociedade, uma vez que não é reconhecido como cidadão ao encontrar-se fora de sua pátria. Destarte, além da xenofobia provocar a falência dos pilares morais, vem a contribuir, conforme a Organização Internacional do Trabalho ( OIT ), para o aumento da pobreza  em diversos países, entre os quais está o Brasil.     Levando em consideração esses aspectos, medidas prementes devem ser tomadas, no intuito de erradicar a execrável prática da xenofobia. Para tanto, é preciso que o Governo Federal, em parceria com ONG´s relacionadas, em conjunto, promovam campanhas de conscientização à população, em prol do respeito e reconhecimento do imigrante dentro dos processos  da globalização. Em adição, é preciso que  as escolas, desde cedo, ensinem aos alunos a crescente mobilidade de pessoas entre os  países, para que possam compreender a naturalidade dessa dinâmica e, consequentemente, não internalizarem intolerâncias. Quem sabe assim, conforme salientou o filósofo Sócrates, as pessoas sejam reconhecidas não simplesmente por sua nacionalidade, mas como cidadãos do mundo.