Materiais:
Enviada em: 31/08/2017

Não é difícil lembrar a cena de um indivíduo ser ridicularizado devido ao seus sotaque ou sua origem cultural. Esta imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade em que a intolerância pode ser considerada um problema crescente. Nesse contexto, é  necessário destacar a questão da prática xenofóbica no Brasil, causada, sobretudo, pelo sentimento nacionalista exacerbado e pelo medo ao desconhecido.       Um dos tópicos que devem ser abordados é a inferiorização da cultura dos imigrantes em detrimento a brasileira. O Brasil ainda é visto por muitos como um destino atraente, uma vez que é reconhecido  internacionalmente como um país acolhedor. Porém queixas realizadas no serviço Disk 100, atendimento telefônico que recebe denúncias de violação dos direitos humanos, indicam que casos de xenofobia vem crescendo de forma alarmante. É indubitável, nessa conjuntura, não destacar a influência das decisões do presidente americano Donald Trump que iniciou, no último ano, uma severa política de controle migratório, essencialmente contra refugiados árabes. Essa decisão, de cunho nacionalista, tem contribuído para disseminar a hostilidade com os refugiados. Dessa forma, é de extrema relevância políticas que visem o acolhimento dos indivíduos nessas situações.        Ademais, não há dúvidas que a falta de conhecimento e de informação seja um fator que contribui para atitudes preconceituosas. A segregação de certos grupos não é exclusiva de indivíduos de outros países; uma situação que merece destaque, nessas circunstâncias, é a que ocorre com a população nordestina. A origem desse fato pode ser concernente com o processo industrial brasileiro, posto que durante esse período a busca por vagas de emprego levou a um conflito entre nordestinos e paulistas. Essa herança perpetua-se até os dias atuais, onde o termo nordestino é utilizado como um adjetivo para inferiorizar uma pessoa. Diante disso, percebe-se que há a necessidade da criação de políticas que objetivem uma estrutura educacional que preze pelo respeito as culturas diferentes.        Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério da Cultura deve promover campanha midiáticas na TV e internet, na qual serão realizados propagandas a respeito do criminalização da xenofobia e dos direitos que esses indivíduos possuem. Dando continuidade o governo federal junto a universidades com cursos de serviço social devem promover ações de integração dos imigrantes, como a realização de cursos profissionalizantes e aulas de português. E por fim, o Ministério da Educação em parceria com as escolas realizará minicursos com temáticas da cultura e costumes de todas as regiões brasileiras, apresentando a história, festividades e comidas típicas. Só assim, a xenofobia deixará de representar uma barreira na integração social.