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Enviada em: 01/09/2017

A banda Catedral, gravou a canção “Pedro Zé, um Nordestino” que, trata da questão da exclusão social e da xenofobia presente no país. Fora do âmbito musical, essa realidade faz-se passiva de discussão visto que é notório que, muitas vezes, a imagem social do imigrante surge de modo estereotipado. Nessa perspectiva, torna-se necessária a desconstrução dessa imagem errônea e a tomada de medidas de inclusão social controladas para todos os imigrantes.     Em primeiro lugar, cabe concedermos uma parcela de responsabilidade à falta de informação acerca da forte miscigenação do Brasil, fato que resulta na xenofobia presente no corpo social do país. Um exemplo da deficiência nesse intercâmbio cultural é a obrigatoriedade do ensino da Cultura Africana no curso de História da UFMG apenas a partir do ano de 2011. Isso ocorre, entre outros motivos, em virtude da estrutura etnocêntrica sobre a qual foi construída a sociedade brasileira.     Ainda, é importante analisarmos a dificuldade enfrentada pelos imigrantes para adentrar o mercado de trabalho. Muitos são marginalizados e sofrem com a falta de programas de inclusão por parte do governo. Tem-se como prova disso, dados da própria Polícia Federal que revelam que não existe nenhuma exigência para que os imigrantes aprendam Português. Além disso, a falta de auxílio para aprender a língua e a inexistência de um suporte válido de atuação direta em áreas com poucos profissionais específicos, por exemplo, são problemas que influenciam diretamente no preconceito contra os imigrantes.   Entende-se, portanto, que é preciso que a sociedade contorne a xenofobia, tendo em vista a importância histórica desses povos para a identidade do país. É dever do Estado em parceria com o MEC, a obrigatoriedade na aplicabilidade de disciplinas que discutam por meio de debates, aulas e palestras as culturas dos povos que influenciaram o Brasil em sua própria formação a fim de sensibilizar os alunos das redes pública e privada à respeitar as diferenças. Ademais, cabe ao governo e ao Poder Legislativo assegurar a inserção dos imigrantes na sociedade por meio de leis que cotem o emprego de estrangeiros em empresas públicas e privadas, obrigando-os e oferecendo aulas de Português para que assim, sua adaptação seja facilitada. Dessa forma, daremos crédito ao tão pouco lembrado Estatuto do Estrangeiro.