Materiais:
Enviada em: 01/09/2017

A verdadeira hostilidade do Brasil  Analisando-se a história do Brasil, percebe-se que a violência física e simbólica sempre estiveram presentes. A cordialidade nunca esteve na realidade do país, apenas se fez presente nas manchetes propagandísticas. Desse modo, a xenofobia encontra-se na realidade brasileira desde o período colonial, tendo crescido cada vez mais, ao mesmo tempo em que a mídia vende a imagem de um país pacífico.  O historiador brasileiro Sergio Buarque explica que o povo brasileiro não tem raízes pacíficas e cordiais. Pelo contrário, o dono do capital de mercado enxerga o estrangeiro como mão de obra barata, já que há um aumento na competição por empregos, e o cidadão comum o vê como alguém que está no país para tomar para si o emprego do nativo. Consequentemente, a xenofobia se mostra forte no setor econômico, mesmo as propagandas vendendo a imagem do "homem cordial".  Esse ódio ao estrangeiro é uma realidade não só na esfera econômica, mas também nas relações socioculturais entre os brasileiros e os imigrantes. Ora, culturas diferentes pressupõem modos de convívio diferentes, o que tende a levar povos diferentes a choques violentíssimos, desde que não haja educação de respeito ao diferente. Visto que o brasileiro carece de educação ético-moral de qualidade, a xenofobia é realidade crescente no cotidiano da sociedade.  Tendo em vista que o bom convívio entre povos culturalmente distintos pressupõe o respeito às práticas socioculturais do outro, o Ministério da Educação precisa investir em ensino nas escolas a respeito do multiculturalismo e sua necessidade de aprendizado e respeito. O governo precisa, através de investimentos em geração de mais empregos, diminuir a competição por vagas de emprego entre desempregados, o que tende a diminuir o preconceito nativo de que o estrangeiro está aqui para roubar sua vaga. Dessa forma, o ambiente ficará mais propicio para um melhor convívio entre culturas diversas e cada vez mais presentes no país.