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Enviada em: 18/10/2017

Desde os primórdios da formação do povo brasileiro, a miscigenação sempre esteve presente, isso porque o Brasil recebeu imigrantes de todos os continentes do planeta, o que originou essa formação. No entanto, a convivência entre etnias no Brasil não resulta em uma coexistência harmônica e sim, em diversos casos, em questões de xenofobia e de intolerância. Assim, é indubitável discutir a respeito desse imbróglio.   Em primeiro plano, é importante ressaltar que, embora, majoritariamente, ao longo da história, o Brasil tenha realizado um incentivo para a chegada de imigrantes, esses não foram aceitos socialmente. Isso se evidencia na vinda de africanos, que eram escravizados devido à mentalidade etnocêntrica europeia, e de italianos, que trabalharam nas lavouras de café no século XIX, em que o objetivo das autoridades era realizar um branqueamento da sociedade e, por isso, não aproveitaram a mão de obra já existente no país. Dessa forma, é notório que a xenofobia, aversão aos outros povos, se enraizou na cultura canarinha.    Ademais, com a atual onda de imigração que ocorre no planeta, em virtude, principalmente, de governos e de grupos extremistas, como acontece na conjuntura do Oriente Médio, por exemplo, é perceptível que os indivíduos reproduzem uma ideologia de estigmatização de certos grupos, especialmente, muçulmanos. Logo, em decorrência da falta de políticas educacionais que promovam o respeito e a reflexão sobre o cenário mundial, a população se insere, progressivamente, no pensamento xenofóbico.   É evidente, portanto, a necessidade de medidas que combatam o impasse. Cabe ao Ministério da Educação em parceria com ONG's propiciar a realização de campanhas escolares e publicitárias que tragam conhecimentos culturais e que instiguem o respeito dos brasileiros com relação às demais etnia. Cabem às famílias, por sua vez, orientar crianças e jovens acerca da indispensabilidade em aceitar pessoas de outras culturas a fim de que haja uma convivência harmônica em sociedade.