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Enviada em: 03/09/2017

No limiar do século XXI, a xenofobia é um dos  problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país é fruto de processos migratórios e é mundialmente conhecido pela sua cordialidade. Por outro, é suscetível à influências estrangeiras e começa despontar um lado xenófobo que vai contra as leis do país.          Devido a fama da população brasileira de cordialidade e boa aceitação a diferentes culturas, o Brasil se tornou um dos principais destinos para refugiados árabes, haitianos e recentemente para venezuelanos. No entanto, nos últimos quatro anos o país tem registrado um preocupante aumento nos casos de xenofobia, exemplo disso, os dados revelados pela Secretaria Especial de Direitos Humanos que consta um crescimento de 633%, entre e 2014 e 2015, na incidência desses casos, o que vai contra a própria história brasileira, sendo essa construída através de intensos processos de migração de portugueses e negros.       Ademais, casos como o do refugiado sírio, no Rio de Janeiro, que foi violentado verbalmente por causa de sua origem religiosa e nacional tem se tornado cada vez mais frequentes, tornando evidente que alguns brasileiros tem confundido liberdade de expressão e nacionalismo com crimes de caráter discriminatório. Além disso, assim como afirma o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o brasileiro é sujeito à influências estrangeiras, o que explica os recentes aumentos nos casos de xenofobia, pois em nível mundial países influentes como o Estados Unidos tem pregado o repulsa aos estrangeiros.       Destarte, para combater a xenofobia no Brasil são necessárias alternativas concretas que tenham como protagonistas a tríade Estado, escola e mídia.O Estado, por seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas que visem garantir uma maior segurança aos imigrantes e através dos 3 poderes deverá garantir, efetivamente, a liberdade religiosa e proteção a esse grupo; a escola, formadora de caráter, deverá incluir matérias que propiciem o debate e a valorização da diversidade nacional em todos os anos da vida escolar; a mídia, quarto poder, deverá veicular campanhas de diversidade e respeito às diferenças.