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Enviada em: 05/09/2017

A xenofobia, preconceito contra estrangeiros, gerado devido ao nacionalismo exagerado por parte de alguns, desrespeita o artigo quinto da Constituição Brasileira de 1988, o qual prevê a igualdade de todos perante a lei. Nesse sentido, tal discriminação cresceu nos últimos anos, dado que a imigração para o país, proveniente de países como Haiti e Síria, aumentou. O Brasil, por ser um lugar construído por pessoas advindas de diferentes países, é um espaço que abriga a diversidade de um modo geral e, por ser uma nação civilizada, não deveria ter espaço para esse tipo de atitude. Nesse viés, percebe-se que essa problemática provém do desconhecimento, o qual gera intolerância, e, por consequência, violência.       Define-se, nesse contexto, como ponto de partida o fato de que há quem pense que imigrantes vão tirar empregos dos brasileiros, uma vez que o país passa por grave crise econômica. Isso se aplica ao caso dos haitianos, que imigraram, a partir de 2010, principalmente devido ao terremoto que destruiu o Haiti. Por outro lado, os refugiados de origem árabe, sofrem intolerância devido ao fato de serem constantemente taxados como terroristas, em consequência das recentes ações violentas do autointitulado Estado Islâmico no Oriente Médio. É importante ressaltar que ambas visões evidenciam falta de conhecimento e ignorância, e, desse modo, tais pensamentos devem ser combatidos.       Destarte, o discurso xenófobo contribui para que ocorra bullying e violência contra essas minorias. Tal fato pode ser comprovado nas agressões sofridas por haitianos no ano de 2015, noticiadas pelo jornal Folha de São Paulo. Além disso, um refugiado sírio, sofreu ofensas, no Rio de Janeiro, na região em que trabalha, por conta de sua origem. Essas situações mostram como a igualdade de direitos, assim como a inviolabilidade asseguradas pelo artigo quinto da constituição a brasileiros e estrangeiros residentes no país são letra morta para muitos cidadãos.       Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas com vistas a mitigar o problema exposto. Para tanto, é preciso que o governo, em parceria com organizações não governamentais, se engajem na promoção de debates sobre temas afins, inclusive nas mídias sociais. É imperativo, ainda, que instituições de ensino insiram discussões sobre a necessidade do respeito para com essas populações em disciplinas como Filosofia e Sociologia. Desse modo, será possível garantir a igualdade e a paz social.