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Enviada em: 04/09/2017

Segundo George Santayana, filósofo espanhol, aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo. Considerando a característica histórica brasileira, de ampla miscigenação social, a xenofobia deveria ser um fator inexistente no país, porém essa utopia esta longe de ser alcançada. Comparando a chegada dos negros ao Brasil, em meados do século XVI, e dos imigrantes refugiados, atualmente, o sentimento de opressão é equivalente, o que reflete a intolerância e ignorância histórica de parte da sociedade. Desse modo, para análise desta ideia, é importante discutir dois fatores: o motivo das imigrações para Brasil e a condição de vida dos refugiados.     Em primeira análise, o aumento dos imigrantes é consequência das guerras na Ásia, em que o Estado Islâmico(EI), grupo terrorista, tem como objetivo aumentar sua extensão territorial e, também, das catástrofes naturais no Haiti, como terremotos. Através de ataques e bombardeios, o EI destrói e toma muitas cidades em batalhas contra o Estado possuidor do território em questão. Como exemplo, temos a Guerra na Síria, especificamente na cidade de Aleppo, em que o número de civis em meio ao combate é grande e as tréguas para a retirada destes são dificilmente  respeitadas pelos xiitas. Portanto, para garantia do direito à vida desses cidadãos, é imprescindível a imigração destes para refúgios em outros países.   Ademais, a condição de vida imposta a estes refugiados não é de qualidade. Parte da sociedade apresenta um sentimento xenofóbico, racista e intolerante religioso em relação a eles. Além da xenofobia, os negros sofrem com o racismo. Já os muçulmanos sofrem também com  a intolerância religiosa, pois parte da sociedade conclui que todo seguidor do islamismo faz parte do EI, o que não condiz com a realidade. Muitos encontram dificuldades em conseguir um trabalho ou ser respeitado neste. De acordo com a pesquisa realizada com refugiados haitianos, pela Universidade Federal de Minas Gerais, cerca de 60% dos homens entrevistados e 100% das mulheres entrevistadas  sofrem xenofobia e outras formas de preconceito no local de trabalho.   À luz do exposto, é imprescindível a garantia dos direitos humanos dos refugiados no Brasil. Para tanto, é importante que a Secretaria dos Direitos Humanos mantenha atualizadas as informações dos imigrantes, visando sempre a melhora da condição de vida destes. Além disso, o Ministério do Trabalho deve promover campanhas de vigilância para verificar as condições de trabalho dos imigrantes, no intuito de identificar as ilegalidades nas áreas laborais. Junto a estes órgãos, a mídia deve produzir propagandas para a conscientizar a sociedade  sobre os meios de combater o xenofobismo, quando este for identificado por um cidadão, pois é importante punir aqueles que ajem contra a lei.