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Enviada em: 12/10/2017

Brasil, país da diversidade.             Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua obra Em busca da política, "nenhum sociedade que esquece a arte de questionar ou deixa que esta caia em desuso pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem". Nesse sentido, tornam-se passíveis de discussão os problemas enfrentados pela sociedade brasileira no que tange a xenofobia. Logo, poder público e coletividade devem unir forças na busca por respostas a essa demanda social.            A princípio, vale ressaltar que o Brasil vem lutando contra a discriminação, a qual baseia-se na ideia de separação social e de intolerância. A partir disso, o cotidiano de muitos refugiados que residem no país, não poucas vezes, é caracterizado por pequenos fragmentos de preconceito, visto que, a maioria é negra e constituem de religiões e de culturas distintas. Um exemplo disso, o imigrante Mohamed Ali ficou reconhecido nos meios de comunicação por ter sido vítima de agressão verbal na cidade do Rio de Janeiro onde o mesmo trabalha humildemente em um dos principais cartões-postais da metrópole por conta da sua origem. Logo, tendo em vista esse episódio, há um impedimento de diversas pessoas que buscam abrigos na nação brasileira de obterem reconhecimento como cidadãos e convivência comunitária.            Em paralelo à questão da ação das leis, é essencial valorizar os projetos propostos pelo Ministério da Justiça que consiste em garantir a proteção, o respeito e os direitos como cidadãos aos refugiados. Dentre vários programas destaca-se a Campanha de Sensibilização e Informação contra a xenofobia baseado no acolhimento de estrangeiros que vivem no país e sofrem preconceito. Além disso, é indispensável definir o Brasil como um país multicultural e miscigenado, já que desde a sua história de colonização há um constante processo de misturas de culturas, de raças e de religiões, tornando-o uma nação da diversidade.                Fica evidente, portanto, que a xenofobia precisa ser combatida. Para tanto, segundo a lógica das leis de refração, a mídia, principal difusora de informação, através de propagandas deve fornecer uma mudança na velocidade de reprodução das opiniões que ferem a integridade dos indivíduos refugiados. Ademais, cabe ao Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Ministério da Educação investir em projetos escolares e sociais que promova, em amplo território nacional, o conhecimento sobre os caminhos a serem trilhados para finalizar a prática xenofóbica e garantir a proposta da lei 9.459 instituída em 1997.