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Enviada em: 08/09/2017

O século XXI é o mais tecnológico da história, no entanto os avanços na ciência e na tecnologia não produziram uma humanidade mais harmônica. Na modernidade, em várias partes do mundo, tem sido cada vez mais comum – inclusive, no Brasil – o ódio a imigrantes. Nesse contexto, é importante analisar as principais causas históricas à persistência da xenofobia na nação.             Em primeiro plano, percebe-se que esse problema decorre de raízes históricas. Nesse aspecto, durante o governo ditatorial de Adolf Hitler - líder do partido nazista -, os alemães usaram dos discursos de ódio atribuindo a indivíduos e grupos sociais atos de discriminação contra os judeus e outras civilizações. Apesar de muitos anos terem se passado, esse quadro, infelizmente, ainda é visto na sociedade brasileira. Como exemplo disso, pode-se citar o caso do refugiado sírio que, em 2017, foi recebido a insultos e atos de ódio no Rio de Janeiro. Como disse Cazuza, o futuro repetindo o passado.           De outra parte, é necessário que o corpo social repudie e não cometa quaisquer atitudes de aversão ao estrangeiro. Embora a xenofobia seja um crime previsto por lei, quase não se vê condenação, pois, mesmo existindo previsão legal, é um ato que está enraizado nas pessoas. Além disso, por medo ou ameaça do agressor, muitas vítimas não denunciam, o que colabora para a persistência dessa prática intolerante. Nesse sentido, um possível caminho para combater a rejeição à diversidade é desconstruir o principal problema da pós-modernidade segundo Zygmunt Bauman: o individualismo.         Urge, portanto, que a Polícia Civil crie uma ouvidoria on-line que receba denúncias anônimas e investigue-as, com o propósito de punir os agressores e tornar a sociedade mais justa. O Ministério da Educação, por sua vez, deve promover palestras semanais, nas escolas, ministradas por professores de sociologia que discutam os casos e as consequências da xenofobia para a pátria brasileira, a fim de desconstruir o principal problema da pós-modernidade proposto por Bauman. Assim, construiremos, de fato, uma sociedade mais harmônica.