O Brasil desde o seu processo de colonização acolhe povos de distintos países, iniciando pelo colonizador português que aqui encontraram os indígenas, posteriormente com a vinda de afrodescendentes para trabalharem forçadamente nas lavouras canavieiras, seguidos por mais europeus para substituir a mão de obra escrava, ou seja, nas veias dos brasileiros flui um sangue altamente miscigenado decorrentes de todo essa formação identitária brasileira. Parafraseando Humberto Gessinger ''ninguém é igual a ninguém'', principalmente em um país com miscigenação cultural elevada como o Brasil, entretanto pode-se observar em alguns noticiários e não raros casos de crimes cometidos contra pessoas que buscam no Brasil uma nova oportunidade de vida fugindo de seu terra natal devido a diversos fatores como repressão politica ou desastres naturais. Dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos/Ministério da Justiça e Cidadania, entre 2014 e 2015 a taxa de xenofobia registrada no Brasil subiu seiscentos por cento, dado bem alarmante e sinal que medidas precisam ser tomadas para evitar proporções piores para essas pessoas que já vem carregando sofrimento de deixar familiares e sua terra de origem. Conforme mencionado acima se faz necessário um trabalho mútuo para tentar contornar esse problema, primeiro passo é a conscientização da população para com os estrangeiros, o governo federal deve investir na divulgação em mídias sociais sobre a importância da convivência plural, podendo demonstrar que todos são "estrangeiros" nessas terras brasileiras, segundo e não menos importante é o trabalho que as câmaras municipais precisam realizar, promovendo audiências públicas para junto com toda a sociedade realizar um debate amplo e somado com as secretarias de direitos humanos municipais trabalhar encima da fiscalização da lei, tentando assim buscar a convivência harmoniosa entre todos.