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Enviada em: 12/09/2017

A prática xenofóbica viola três princípios sociais básicos, a justiça, a educação e o bom senso. No contexto brasileiro, tais violações passam em vão e abrem espaço para a disseminação de um discurso de ódio que, como outros, ganham mais e mais validação social para a prática xenofóbica à suas vítimas, nacionais e estrangeiras.  A Colônia Penal de Clevelândia do Norte, no Amapá, com seu grande histórico de prisão a imigrantes e alta taxa de mortes mostra como o Estado brasileiro deu permissividade durante a década de 1920 para cometer atos discriminatórios e xenófobos, levando muitos ao pior destino.  A população do norte e nordeste brasileiro também se depara com discursos xenófobos, em decorrência à grande incidência de pobreza e pessoas sem formação escolar adequada nas regiões. Isso revela também o caráter elitista que a xenofobia no Brasil pode assumir, vindo de uma minoria branca para atingir uma população de maioria negra. No país da miscigenação, a ocorrência de xenofobia é alarmante. A educação é peça-chave para transformar esse quadro. O Ministério da Educação pode e deve incentivar às escolas para o desenvolvimento de trabalhos que façam os jovens conhecerem mais sobre a diversidade étnica e cultural do Brasil. Além disso, a população deve também expor ao máximo os casos de xenofobia para que o assunto entre em debate nas casas e assim possamos evoluir como indivíduos e como nação.