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Enviada em: 13/09/2017

Na década de 1940, o escritor austríaco Steffan Zweig mudou-se para o Brasil devido à perseguição nazista. Bem recebido e impressionado com o potencial da nova casa, Zweig escreveu um livro cujo título é até hoje repetido: "Brasil, o país do futuro". Entretanto, quando se observa a deficiência na luta contra a xenofobia, percebe-se que a profecia não saiu do papel. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras causas para combater esse problema.       A princípio, o preconceito contra estrangeiros tem origem histórica. Nesse contexto, com o inicio das imigrações para o Brasil, durante o Segundo Reinado, o primeiro foco de xenofobia já aparecia na edição da Lei de Terra que, nas suas entrelinhas, proibia o estrangeiro de adquirir lotes. Atualmente, os imigrantes, principalmente, haitianos, bolivianos e venezuelanos, enfrentam dificuldades relacionada à limitação de acesso ao emprego e as condições básicas de sobrevivência, gerando situações degradantes de violação das garantias fundamentais, bem como dos direitos humanos. Assim, a oferta de trabalho ,pelo Brasil, deveria ser uma forma de contrabalancear está problemática, haja visto, o acentuado número de refugiados vindos para o Brasil, segundo a Secretaria de Direitos Humanos, houve um aumento de 180% desde 2007.       Outro fator preocupante é o preconceito e a aversão aos imigrantes. Nesse contexto, é notório que uma parcela da população brasileira ainda discrimina, principalmente, os migrantes Árabes. Exemplo notório foi o que ocorreu com o vendedor de esfirras, Mohamed, no Rio de Janeiro, no qual o mesmo foi discriminado, com insultos e agressões, por outros vendedores, simplesmente por ser Muçulmano. Desse modo, as políticas de combate à discriminação devem ser revistas pela Governo, pois em pleno século XXI, demonstrações populares de repulsa a outros povos representam uma face de um crime      "oculto" na sociedade.       O combate à xenofobia, portanto, deve tornar-se efetivo, uma vez que representa um retrocesso social e de direitos básicos. Assim, o Ministério do Trabalho, por meio de cotas de empregos para imigrantes, deve fomentar a inserção dos mesmos no mercado de trabalho, com fito em melhorar a condição de vida dessa população. Além disso, urge que a imprensa, por meio de campanhas educativas, deve educar a população com relação ao respeito e cordialidade com os imigrantes, com intuito de reduzir o preconceito. Por fim, os Governos estaduais devem delegacias especializadas em crimes contra estrangeiros, com a finalidade de diminuir, principalmente, os crimes de agressão. Com essas medidas, talvez, tornar-se-á possível a profecia de Zweig.