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Enviada em: 13/09/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações políticas, sociais, e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. A persistência do preconceito na sociedade brasileira contemporânea reflete essa realidade. Ademais, tendo em vista que a xenofobia é uma de suas faces, faz-se preciso uma reflexão, e também, medidas que possam combatê-la.        Em primeiro lugar, para se entender o problema, é necessário analisar suas causas. Resultado de uma população que julga o que não compreende, fez com que o racismo ganhasse cada vez mais visibilidade e espaço, ou seja, o “diferente” não é tolerado por um povo miscigenado. A Internet e redes sociais têm impulsionado esse fator, uma vez que, o anonimato é uma opção, consequentemente, atos de ódio ao próximo são propagados sem hesitação. O problema, porém, não se resume somente a isso, pois, os resultados são terríveis para a vida das vítimas.        Dentre os efeitos, o que mais parece se destacar é a xenofobia. Sabe-se, porém, que esse fator é apenas o início de uma variedade de problemas que, em conjunto, podem prejudicar ainda mais a vida dos imigrantes. O aumente de casos de agressão verbal, de agressão física e até de morte prova que a xenofobia é um ato covarde e sórdido. Em um cenário em que a perda de respeito ao próximo, é impossível não notar que a falta de consciência e tolerância, de fato, está nos matando.        Portanto, medidas são necessárias para a resolução deste impasse. Em primeiro plano, as instituições de ensino, em parceria com ONGs, podem ajudar, promovendo palestras que visam à importância da diferença e como aceita-la, assim como projetos que busquem interagir com povos de diversas regiões ─ afim de que a aversão em relação aos estrangeiros não seja estimulada ─ . Além disso, a mídia e o poder público, juntos, podem trabalhar essa temática e suas consequências, em campanhas publicitarias, evidenciando que a saída deste empecilho começa com o respeito e educação. Afinal, como afirmou Platão: “o importante não é viver, mas viver bem”.