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Enviada em: 13/09/2017

Fronteiras superficiais       Um país recentemente formado, como o Brasil, é composto por uma grande variedade e mistura de raças, etnias, nacionalidades e religiões. Estas, ajudaram-no a formar sua identidade própria. Como consequência, a xenofobia aqui existente, é fruto da hipocrisia que domina uma determinada parcela da população. Tal forma de preconceito, assim como as outras, se baseia na categorização de pessoas, generalização de um grupo e o pensamento a respeito dele com certa ignorância.       De acordo com Durkheim, fato social é a maneira coletiva de agir e pensar. A xenofobia se insere nesse contexto por ser algo nitidamente presente na sociedade, transmitida de pais para filhos, de escolas para seus alunos, e assim por diante. Crianças não nascem preconceituosas, mas são transformadas de acordo com seu convívio social. Por trás disso, também é necessário considerar a influência que a mídia pode exercer sobre o pensamento das pessoas.       O primeiro passo para a solução dessa questão, é reconhecer que a aversão a estrangeiros realmente existe no país. No entanto, ainda temos um grande impasse ao considerar as condições nas quais vivem a população brasileira. Recursos básicos como educação e saúde, não são suficientes para todos. Com isso, a aceitação de mais pessoas para dispor desses recursos torna-se difícil. É necessário que haja um melhor planejamento do governo para bem receber esses imigrantes e, paralelamente, não privar a população de seus direitos.    Leis e penas mais severas podem ser uma alternativa contra o preconceito. No entanto, primordialmente deve-se considerar a educação que, de acordo com Nelson Mandela, símbolo na luta contra o racismo, é a arma mais poderosa para mudar o mundo. Campanhas de conscientização entre adultos e crianças são um bom ponto de partida.       O lado humanitário, que preza pela empatia e respeito, é também um fator determinante. É necessário sempre se colocar no lugar do outro que, na maioria das vezes, não deixou seu país por puro capricho ou vontade própria. Todos os cidadãos do mundo devem possuir os mesmos direitos, sendo as fronteiras apenas limitações superficiais que atingiram uma grande proporção ao longo dos séculos.