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Enviada em: 30/10/2017

A Constituição brasileira de 1988 considera a xenofobia crime. Entrementes, na prática, é indubitável que, no Brasil, esse tipo de preconceito é uma realidade. Nesse âmbito, as principais causas dessa problemática são a aversão ao diferente e a crise econômica.    Em primeiro plano, é mister destacar que, segundo Sócrates, os erros são consequência da ignorância humana. Logo, evidencia-se que o desconhecimento faz as pessoas temerem o diferente, realidade evidenciada pelo medo que grande parcela da população tem dos muçulmanos. Ademais, comportamentos extremos, como o nazismo, na segunda guerra mundial, e sua ideologia antissemita – que cometeu um verdadeiro genocídio contra os judeus- evidencia que a intolerância é uma realidade cruel da sociedade. Consequentemente, todos esses preconceitos fazem as pessoas repudiarem imigrantes - que têm costumes, frequentemente, muito divergentes daqueles da população local.    Outrossim, a quebra da bolsa de valores de Nova York, em 1929, fomentou o nascimento de uma ideologia nacionalista e, por conseguinte, aversão ao estrangeiro, sentimentos que perduram até hoje. Além disso, as consequências da crise de 2008, hodiernamente, ainda são observadas, realidade evidenciada pelo mercado de trabalho - que, por estar em recessão, não oferece empregos a todos. Por essa razão, a sociedade vê o imigrante como inimigo, pois acredita que eles roubam os já insuficientes postos de trabalho. Nessa perspectiva, observa-se essa problemática nas empresas que se recusam a contratar pessoas de outras nacionalidades.   Destarte, é incontrovertível que, no Brasil, a xenofobia é uma realidade. Tendo isso em vista, as instituições de ensino, por meio de feiras culturais, precisam, urgentemente, ensinar a população canarinha sobre costumes diferentes dos dela, para que a sociedade seja mais tolerante. Essas feiras promoverão palestras e atividades que demonstrem os hábitos e as crenças de outros povos, de forma que costumes diferentes não fomentem estranhamento. Concomitantemente, o Estado deve focar em melhorar a economia, para aumentar o números de postos de trabalho. Só assim, a Magna Carta será respeitada.