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Enviada em: 17/09/2017

Quem pode julgar o que é diferente ou comum?   Não é difícil imaginar esta cena: um grupo de estudantes desinteressados conta os minutos para o fim de uma excursão a um museu. De fato, seja no período escolar, seja durante a vida adulta, o homem contemporâneo dificilmente parece encontrar tempo ou te ou conhecimento necessário- para reconhecer o valor de boa parte das manifestações culturais. Nesse contexto, o potencial de mudança da arte acaba desperdiçado devido a escassez de investimentos públicos e privados. E a desvalorização da educação artística, o que exige a mobilização de todos os setores da sociedade.    Antes de tudo, é preciso perceber a xenofobia é um problema de caráter social que afeta a todos, seja psicologicamente ou fisicamente. É inaceitável o repudiamento de culturas, classes, religiões alheio; pois o Brasil é um dos países com maior diversividade de cultura como um todo, e está no sangue do brasileiro a diferença, desde a época da chegada das embarcações portuguesas no território brasileiro, ocupado pelos índios. Porém, é nítido que certos indivíduos que não aceitam essa diferença, podem chegar as vias de fato de uma agressão, seja com palavras de baixo calão ou até mesmo uma agressão física, podendo levar a vítima a óbito.    Além disso, a xenofobia também pode ser atribuída à fatores psicológicos do agressor, a falta de estrutura familiar na infância, precário ensino na sua instituição escolar em sua fase inicial da vida, tornando-o um sujeito com baixa aceitação social. Em um panorama como esse, repleto de variáveis, parece difícil imaginar soluções definitivas, porém, é fundamental agir para reduzir seus efeitos. Para isso, todos os setores da sociedade precisam sair de seu atual estado de inércia.    De fato, diante do caráter de urgência, o poder público deve agir com velocidade divulgando ainda mais propagandas contra a xenofobia, principalmente nos principais meios de informações, como telejornais, e em horário de maior audiência, expondo as graves consequências de crimes xenofóbicos e transparecendo que todos os cidadãos são iguais e merecem respeito. Apesar da necessidade de resultados imediatos, a melhora não pode se limitar a paliativos. Assim, para completar essa equação, é preciso investir na verdadeira transformação. Nesse contexto, o trabalho do governo pode ser complementado por ONGs, cujas funções sejam apresentar denúncias e defender as vítimas. Além disso, a mídia também pode produzir ficções engajadas, ou seja, novelas e filmes que abordem a xenofobia, de forma a mobilizar a sociedade.   Torna-se evidente, portanto, que a xenofobia exige medidas concretas. Nesse contexto, o caminho parece ser um difícil - mas não utópica - revisão de valores, possível a partir de simples modificações.