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Enviada em: 16/09/2017

Os desenvolvimentos tecnológicos, na revolução industrial e, posteriormente, o surgimento do capitalismo, possibilitaram o aparecimento de novos modelos de transportes e de novas relações sociais, contribuindo para a intensificação dos movimentos migratórios no mundo. Todavia, o receio das populações, devido ao passado histórico dessas localidades, em receberem povos de outras nacionalidades desencadeou o fenômeno denominado xenofobia: repulsa ou preconceito contra as pessoas estrangeiras.        Diante disso, os conflitos terroristas, as crises econômicas e políticas como, por exemplo, a saída do Reino Unido da União Europeia, e a guerra na Síria, desencadearam a busca por melhores condições de vida pelos povos europeus. Ressalta-se que, no Brasil, o refúgio é um direito dos estrangeiros, garantido por uma convenção da ONU de 1951, e ratificado por lei em 1997. Ademais, segundo o ministério da justiça, o refúgio pode ser solicitado por qualquer estrangeiro que possua fundado temor de perseguição por raça, religião, opinião pública, nacionalidade ou por terem sido obrigados a deixarem seu país de origem. Entretanto, apesar das políticas proativas como a Pronatec, a presença do diferente ainda é um desafio a ser enfrentado pela sociedade brasileira.       Nessa perspectiva, a xenofobia é um processo endêmico presente em diversos países independente de suas condições financeiras ou culturais. Desse modo, os angolanos, haitianos, colombianos e sírios ao se instalarem nessas localidades enfrentam dificuldades com a população local. Dessa forma, no Brasil, devido à não desconexão com o passado histórico de colonização, os estrangeiros em busca de proteção, melhores condições de emprego, salário e moradia, enfrentam ações desrespeitosas, racistas, agressões e se submetem à péssimas condições sociais. Assim, como consequências, esses acontecimentos interrompem o desenvolvimento social, promovem o isolamento sociocultural e aumentam as frustações e os medos nos estrangeiros.     Nesse sentido, torna-se notória, portanto, a necessidade das policias, rodoviária e federal, fiscalizarem o cumprimento das leis que colocam na ilegalidade os atos de xenofobia e punir os xenofóbicos. Além disso, a mídia juntamente com as organizações não governamentais devem promover campanhas que visam conscientizar a sociedade sobre a presença de políticas proativas que visam a estabilidade social do estrangeiro no Brasil. E, por fim, o Ministério da Educação deve acrescentar ao currículo escolar do ensino fundamental e médio disciplinas que abordem a diversidade cultural presente no Brasil e as atualidades do mundo contemporâneo para que se reduza a aversão ao novo pelos jovens.