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Enviada em: 18/09/2017

O Brasil é um país que foi construído com base na diversidade cultural; africanos, italianos, japoneses, espanhóis e portugueses constituem os povos que formaram a sociedade brasileira atual. No entanto, apesar dessa grande diversidade cultural, o Brasil ainda é um dos países em que ainda existe a xenofobia, na qual esses atos preconceituosos predominam contra oriundos do oriente médio. Com isso, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas.       É indubitável que o passado reflete o presente da sociedade brasileira. No período imperial brasileiro, que se desenvolveu apenas no século XIX, a xenofobia tangia como um sentimento antilusitano, na qual os brasileiros expressavam um forte preconceito contra portugueses, e, apesar de serem descendentes desses, a lusofobia vigorava ao se colocar a culpa de desastres sócio-econômicos brasileiros nos portugueses. Atualmente, a xenofobia vem se desenvolvendo fortemente na Europa, principalmente contra indivíduos que vem de países do oriente médio, onde predomina-se religiões muçulmanas e islâmicas,devido as diferenças culturais entre esses povos. Esse preconceito tem se refletido no Brasil, na qual percebe-se o seu aumento contra esses grupos, como no ataque ao vendedor de esfirras sírio no Rio de Janeiro.       Além disso, deve-se lembrar que o ser humano é influenciado por tudo aquilo que vê e ouve. A visto de tal preceito, toda vez que alguém assista noticiais ou lê sobre ataques terroristas na Europa causados por membros do estado islâmico, essa pessoa tende a pensar que todo os islâmicos são da mesma forma, terroristas. Segundo o sociólogo contemporâneo Theodor Adorno, a mídia cria certos esterótipos que tiram a liberdade de pensamento das pessoas, forçando imagens xenofóbicas em suas mentes. Nesse âmbito, percebe-se que as noticias que referem-se ao terrorismo como obra da doutrina islâmica, e não ao terrorista, generaliza a imagem de migrantes muçulmanos, fazendo a população pensar que todo seguidor dessa religião é um terrorista em potencial.        Portanto, infere-se que as raízes históricas, e situações atuais potencializam a xenofobia no Brasil. Sendo assim, cabe à mídia, vincular os ataques terroristas aos grupos extremistas, e não a religião em questão, e, também, inserir em seus programas elementos da cultura de grupos vitimizados pela xenofobia, buscando inseri-los no cotidiano brasileiro. Ademais, cabe ao governo criminalizar e fiscalizar atos xenofóbicos, criando alguma instituição que julga atos xenofóbicos e os fiscaliza, podendo essa atuar junto com a Polícia Civil.O Ministério da Educação pode colocar no curriculum do ensino fundamental e médio aulas sobre os países alvos da xenofobia, vinculados as matérias de história e geografia, mostrando aos futuros cidadãos brasileiros a importância desses países.