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Enviada em: 19/09/2017

Um forte antecedente da Primeira Guerra Mundial foi o nacionalismo exacerbado, no qual era valorizado aquele com os mesmos costumes, língua e território, em detrimento dos que diferiam nisso. No Brasil, ainda que saibamos um pouco sobre os acontecimentos mundiais e sobre a necessidade de ajudar o próximo, o sentimento xenofóbico é recorrente nas reações à entrada e à permanência de estrangeiros, principalmente refugiados, aqui. Isso se deve em muito ao preconceito que advém, como já disse Machado de Assis, da falta de reflexão do problema e da manutenção de um sentimento egoísta de parte da sociedade e de alienação de outra.     Em primeiro plano, a mídia , ao contrário do que deveria, é parcial e, geralmente, posiciona-se ao lado dos mais poderosos. A exemplo, ao noticiar as disputas pela Palestina, que deixou milhões de árabes desalojados, os telejornais adotavam uma posição, normalmente, à favor dos interesses dos Estados Unidos (EUA) que, queriam manter-se apoiando Israel, mas precisava do petróleo da comunidade árabe, após a Crise do Petróleo de 1973, ficou claro a mudança de postura dos EUA e, consequentemente, da mídia, evidenciando esse posicionamento. Impedindo assim, o acesso à informação plena para refletir sobre a situação de caos em que se encontram os seres humanos que abandonam sua casa em busca de paz e dignidade para viver.       Além dessa questão, a política brasileira permaneceu na maior parte do tempo entre a aristocracia e a elite industrial do país, fazendo com que os projetos governamentais fossem dedicados a manutenção dessas classes, em detrimento dos demais, sejam esses pobres, negros, indígenas ou estrangeiros refugiados. Dando aos governantes a ideia de que o povo não necessita de muito e, à população, que seus dirigentes não estão ao seu serviço, mas dos mais poderosos, contrariando Clement Attlee quando disse que "a democracia é a vontade da maioria respeitando a da minoria", ou seja, o desejo dos indivíduos em geral, dando espaço para o desenvolvimento daqueles que estão em número insuficiente para mudar as decisões, mas que necessitam de condições como todos os outros.       Em suma, são necessárias medidas para conter o problema. Ao Governo Federal cabe realizar parcerias público-privadas com empresas que, ao contratarem estrangeiros recebam benefícios fiscais, como isenção de alguns impostos e, em troca, deem salários adequados e cursos de português e profissionalização. Além disso, cabe ao Ministério da Educação inserir no currículo escolar aulas sobre atualidades, nas quais professores de história, geografia, filosofia e sociologia, em período de estágio, ensinem as crianças as origens dos conflitos e os grupos envolvidos, evitando a generalização e assim, o preconceito.