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Enviada em: 19/09/2017

Para o filósofo Rousseau “o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado”. Entretanto, assim deve ser, pois é esse limite entre liberdade e moral que garante o desempenho da sociedade. Há no Brasil, dada a pífia moral, uma certa folga para comportamentos xenófobos. Coibir esse tipo de iniciativa - eis a missão de um país signatário da Organização das Nações Unidas.  É pertinente considerar o papel da sociedade brasileira nesse quadro. Segundo Durkheim, a consciência coletiva é capaz de coagir os indivíduos a agirem de acordo com as regras de conduta prevalecentes. Nesse sentido, imperam valores conservadores que rejeitam a mudança e a aceitação das diferenças, muitas vezes, acompanhada de comentários preconceituosos sobre outras culturas -rejeitando indivíduos que delas pertençam. Assim, mesmo que sangria humanitária esteja deflagrada no mundo, o Brasil tende a rejeitar apoio e propagar o preconceito.  Além da coletividade social, o organismo público deve agir contra a xenofobia. É impreterível para qualquer nação que queira fazer parte da ONU o comprometimento com os direitos humanos. Sabe-se que é possível, por meio da lei e da conscientização, implementar no meio social comportamentos saudáveis ao convívio entre os povos, por mais diferentes que possam parecer. Assim, o Brasil deve buscar se alinhar aos princípios assinados na declaração de direitos humanos seja pela educação e, quando não bastante, pela punição.  Dessarte, a xenofobia vem de uma rejeição social que deve ser combatida pelos órgãos públicos e implementando uma cultura humanitária. Para isso, o Ministério da Educação poderia criar uma atividade que reúna pais e alunos para discutirem a xenofobia, expondo suas consequências, para implementar tolerância. Além disso o poder judiciário deve aplicar penas de caráter exemplar, dada a gravidade do delito, para que aqueles que não respeitarem o limite da moralidade, então estabelecida, vejam-se acorrentados, inclusive, no sentido literal da palavra.