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Enviada em: 19/09/2017

A história da humanidade se desenvolveu através de intensas relações entre civilizações, nações foram criadas a partir da fusão de povos. Dentro desse contexto, a xenofobia não faz sentido. Contudo, manifestações desse tipo, nos dias de hoje, muitas vezes traduzem um sentimento de medo, seja por se sentir ameaçado fisicamente ou financeiramente.       Um dos motivos pelos quais as pessoas praticam atos xenófobos é em razão de uma concepção generalista sobre determinados povos. O terrorismo está em pauta, e atentados continuam acontecendo por todo o mundo. Contudo, isso não quer dizer que imigrantes refugiados dos respectivos países apresentam o mesmo tipo de comportamento. No Brasil, este preconceito foi estimulado durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ao realizar reportagens sobre suspeitos terroristas entrando em nosso território, a mídia criou um estado de pânico entre os cidadãos, que passaram a temer qualquer um que possuísse traços árabes e atitude suspeita, dando ensejo para que agressões verbais fossem justificadas.       Outro explicação para o aumento de casos de xenofobia é a crescente entrada de imigrantes no país em busca de uma melhor oportunidade de vida. São pessoas em condições fragilizadas, como os haitianos, que por conta de um terremoto, perderam tudo. Essa onda de imigração preocupa alguns brasileiros do mesmo modo que alguns europeus. Pelo fato do país estar vivendo uma crise econômica, há um temor de que estrangeiros roubem seus empregos. No entanto, esta é um visão hipócrita, visto que o Brasil possui uma das maiores comunidades de imigrantes espalhadas pelo o mundo, sendo a maior do EUA.       É evidente que o terrorismo é um problema real e o desemprego é um fato. No entanto, fechar as fronteiras não é uma solução. O governo deve fazer seu papel em averiguar os históricos dos emigrantes, mas a vinda de muitos engrandece culturalmente o país. E o terrorismo não deve ser tratado de modo sensacionalista pela mídia, pois enraíza uma concepção que é prejudicial ao imigrante, chegando ao caso de marginalizá-lo.